terça-feira, fevereiro 09, 2010

CARRASCO DE SI E DE MIM

Assim como depois do sol a tempestade
Encharca muito mais – feito ébrio que recai
E estraga o carnaval no abuso da vontade –
Assim degringolou o filho de meu pai.

Não sei quem fui que fez, só sei que sei de cor
A dor de me perder e ser quem mais não sou,
Pois meu saber foi mal, dos bons foi o pior
Se eu errei por querer e acertei no meu gol.

Seria necessário o sim virar um não
Ao beque tão mané que quebra o próprio pé,
Se achando algum herói – pagando de vilão:

Espectador basbaque, em fila atrás de si,
Repete lá e ali, repete a si e a ré
Como quem diz de novo: esse filme eu já vi.

5 comentários:

  1. POEMA ACESSÓRIO EM EPÍGRAFE AO SONETO CARRASCO DE SI E DE MIM, SOBRE O PAPELÃO QUE FIZ NO FIM DESTE DOMINGO, APÓS O EXCELENTE CARNAVALZINHO CURITIBANO

    Este ano a minha grande ilusão
    foi mais que um dieguito se achar Pelé,
    pois eu mesmo fui pra mim o joão
    driblado por seu próprio Mané.

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  2. mas ivana,

    o que você aprontou depois, hein.
    isto é um ser totalmente um
    bigo.

    eu, hein.

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  3. sim, giulinha,
    sou um bigo:
    da mesquinha
    vida minha
    mais não digo,
    por mais heins
    que os nenéns
    façam nheins.

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  4. eu cá em meu corpo de urso
    recebo programação do solar do rosário
    provável me inscreva em seu curso
    para descobrir algum dom literário

    abraço.

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  5. fênix para uma quarta-feira de cinzas

    ab

    thadeu

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