segunda-feira, março 12, 2012

A ALMA INVENCÍVEL

Na mais violenta e agra agrura;
no pesadelo mais pesado;
na óbvia e ululante tortura
da dor doída do adoidado;

na sociedade absurda e crua;
na estupidez vil, chã, banal;
no crasso espaço da hora nua;
no traço lasso em todo mal;

no fel do sal do sofrimento
que te atropela e não tem fim;
grita, alma poética: eu aguento!
Batam mais! Errem mais! Sim! Sim!

_____________________________________

4 comentários:

  1. no fel do sal do sofrimento
    que te atropela e não tem fim;
    grita, alma poética: eu aguento!


    bom !!! gostei me identifiquei

    eu guento !!!!

    ResponderExcluir
  2. Muito bom, Ivan, belo poema. Abraço

    ResponderExcluir
  3. Excelente (e muito belo conteúdo - aliado ao que "explode" no final, a mistura gera um resultado torpe [no bom sentido] de celebração, a "explosão" celebra a "luta", que é o fim, a vitória já per si)ritmo.
    Bom, desculpe a viagem, rs... mas o poema provocou.
    Abs
    FMAN

    ResponderExcluir
  4. No silêncio do grito afogado ecoa e clama a alma que quase na lama ergue-se e mostra-se na voz de quem ama.
    Lindo...TQ

    ResponderExcluir