Ocorre que eu ia pela rua e de repente me atacaram os espíritos de Gregório de Matos Guerra e Manuel Maria Barbosa du Bocage, e aí deu no que deu (em homenagem especial a você, Thadeu...):
Nesta vida já escutei Violeta Parra;
Sei também que bom cabrito é o que não berra,
Mesmo quando adoram métrica que erra
Ou se a rima assim me agarra e sai na marra...
Mas eu próprio me peço: não force a barra
Na volúpia veludosa que te encerra -
Pois por mais que suba ou desça a pé a serra
Fico sempre bem carente em qualquer farra...
Eu termino este soneto então por birra:
Rimo todas as vogais até que morra
E que enfim chorem por mim um hip, hip, hurra!
Não me tragam no velório incenso e mirra,
Nem se espantem da loucura dessa porra
Já que eu nunca cultivei surra nem curra.
Sensacional, Ivan!, não só pela homenagem mas pela grandeza poética que encerra.
ResponderExcluiré por isso que eu continuo vindo aqui... beijo.
ResponderExcluirZagueiro, mesmo, foi o Gamarra!
ResponderExcluirVc deveria ter vergonha de nomear este texto de soneto. Não há nada nele que não seja desprezível. Deixe de acreditar nas mentiras (nos deliciosos e falaciosos elogios) que lhe endereçam os colegas. Se não lhe falta vocação (Vc o saberá), falta trabalho.
ResponderExcluirEz