sábado, março 12, 2011

Flagrando-se...

FLAGRANDO-SE NA IMPOSSIBILIDADE DE EXPRESSAR SUA PERPLEXIDADE DIANTE DA PRECARIEDADE DA EXISTÊNCIA IVAN ESBOÇA E CONJUMINA ESTE ANTIPROPEDÊUTICO SONETO O QUAL ANUNCIA A INTRÍNSECA OPACIDADE NÃO OBSTANTE APRESENTAR ALGUMA ARTE EM SUAS SONORAS E VELADAS OPALESCÊNCIAS

Nesta Terra mais que tenra a vaca tussa
Pelo amor dessa coceira a qual não coça:
Pede peça sua caça ganha coça
No nariz que a face oculta inculta fuça.

Não se aclara tal verbal escaramuça
Nem se alguma pena de anjo azul lhe roça,
Pois coceira peça caça coça roça
São sinais de a coisa estar já mais que russa.

Se em tal poça vê-se a fossa levadiça
A qual separa e junta o que não interessa
Ao que diga se a verdade assim se passa

Quem interpretar tais versos sem preguiça
Sinta como essa nossa cabeça avessa
Se debruça engrossa enguiça engessa amassa.
*

3 comentários:

Gabriel Rachwal disse...

show de foda

rafael walter disse...

feito pão

Anônimo disse...

distraídos flagraremos

n.