Minha terra tem aterros
onde enterram lixo lá.
As gralhas que cá gorjeiam
não são as do Paraná.
Não permitas mais que eu diga
necas de pitibiriba
senão não és Curitiba.
Nossas pernas são banguelas.
Nossos dentes são manetas.
Nossa gente é tão tão bela
por debaixo das canetas.
Nossa máscara quebrada
antecipa os nossos traços
nesses riscos nas arcadas.
Nas caladas dessas noites,
nossas campas têm mais covas,
nessas tampas tem mais sovas
e os chicotes, tão açoites,
com mil outras brincadeiras,
chispam fontes murmurantes,
jorram sangues de anteontem.
Mas antes que explodam bombas
combateremos às sombras.
*
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3 comentários:
"jorram sangues de anteontem.
Mas antes que explodam bombas
combateremos às sombras."
profético
Ivan,
Vc. conhece o Blog do Edardo Tornaghi?
http://papopoetico.blogspot.com
vá lá e divirta-se...tenho certeza que irá gostar, caso ainda não conheça.
abraço
Andréa Motta
muito boa essa, hein, dom ivan?
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