Solto o silêncio preso na garganta
sob este olhar severo de Cervantes:
em metade de mim o sacripanta
e o resto desde pois dobrou-se ao antes.
Enrolo a língua poética no espeto
(irreflexão que nem será mais minha);
não vou colecionar mais um soneto;
fico só com mais uminha quadrinha.
Vontade de embeber-me neste ar cênico
e impronunciar-me amargo ao filho meu:
o futebol, nosso rito ecumênico,
um dia todo inferno será seu.
*
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Um comentário:
atleticano, obviamente.
e o pior: frestão tem tudo pra ganhar a copa do brasil.
minhas condolências,
madeira.
ps - ficou ótima a chave de ouro da porta do inferno
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