segunda-feira, janeiro 19, 2009

Um pouso forçado em Eldorado, pensando em Poe, graças ao Pozzo...

Pois é: se não fosse o meu prezado amigo Ricardo Pozzo,
eu nem ia esboçar qualquer tchuns sobre a data de hoje:

Edgar Allan Poe assopra duzentas velinhas -
(*Boston, 19/01/1809 – †Baltimore, 07/10/1849)

então dedico ao Pozzo, que por meio de e-mail me alertou
(e a seus outros amigos) para essa fantástica efeméride,
a versão brasileira que acabei de perpetrar do pelágico poema

ELDORADO
ELDORADO

__Gaily bedight,
__A gallant knight,
In sunshine and in shadow,
__Had journeyed long,
__Singing a song,
In search of Eldorado.
Trajado galhardamente,
Um cavaleiro galante,
Sob sombra e sol saturado,
Viajara um estirão,
A cantar uma canção,
À procura do Eldorado.

__But he grew old–
__This knight so bold–
And o'er his heart a shadow
__Fell as he found
__No spot of ground
That looked like Eldorado.
Porém ele envelheceu –
Com orgulho todo seu –
Seu coração conturbado
Mergulhou em densa treva
Por não ver traço de terra
Semelhante ao Eldorado.

__And, as his strength
__Failed him at length,
He met a pilgrim shadow–
__"Shadow," said he,
__"Where can it be–
This land of Eldorado?"
Quase exausto em sua sina,
Topou sombra peregrina
Que estacou ao seu chamado –
"Sombra," indaga o cavaleiro,
"Como chego ao verdadeiro
Território do Eldorado?"

__"Over the Mountains
__Of the Moon,
Down the Valley of the Shadow,
__Ride, boldly ride,"
__The shade replied,–
"If you seek for Eldorado!"
"Sobre as Montanhas da Lua,
Que subir não se insinua,
Descerás Vale Assombrado:
Cavalga com ousadia,"
Disse a sombra fugidia,–
"Se tu buscas o Eldorado!"

Edgar Allan Poe
Ivan Justen Santana

8 comentários:

Ivan disse...

Oferto aqui, em comentário,
um texto que mereceria uma postagem exclusiva:

a livre adaptação do ELDORADO,
feita por Marcos Prado & Sérgio Viralobos

(saiu nos CATALÉPTICOS, de 1991 -
mas ao que me lembre já constava no primeiro livro de parcerias do Marcos e do Sérgio)

Eldorado

cresceu velho o cavaleiro
a sombra chegou como veio
e nenhum pedaço de chão prateado
pareceu-lhes com eldorado

quando a distância brochou a força
encontrou peregrina sombra:
"morena" - disse ele encarnado -
"onde fica essa tal de eldorado?"

- montanhas da lua acima
vales da sombra abaixo abisma
cavalgue audaz pelo prado
se você procura eldorado

Anônimo disse...

ivan,
sou um órfão do eldorado.

raimundo, vem cá
dá o pito.

giulianoquase.

tecatatau disse...

moeu IIIVVVAAANNNnnn...vamos ver se comemos lá no baba dia desses, leva a difgníssima.
abração, meu velho

Pó & Teias disse...

valeu, gentil ivan!

muito bacana!


te avisei na hora justen, não? rs

rp

Anônimo disse...

FICOU FALTANTO O COMEÇO DO POEMA

"Playmate elegantedo galante cavaleiro negro andante
num raio de sol assombrado
pareceu-lhe com eldorado"


ruga

Anônimo disse...

" Playmate elegante do galante
cavaleiro negro andante
num raio de sol assombrado
pareceu-lhe com eldorado"


ruga

Cláudio Bettega disse...

muito legal. abraços

becoprado disse...

Corrigindo a correção: abaixo vai a estrofe incial do poema, que ficou de fora da edição citada apenas e tão somente por pura implicância da dupla de autores:

Playmate elegante
e o galante cavaleiro negro andante
no brilho do sol assombrado
aguirre + eldorado

É isso aí.
beco