terça-feira, abril 28, 2009

Sintonizando a blogosfera

Meu mais que prezado amigo Lepre
inaugurou um blog -
já faz um tempinho, e muita gente já sabe,
mas eu me importo bem menos com novidades
do que com poesia...

Mudando de enfant pra terrible,
vou prestar agora
uma homenagem ao cartunista-poeta
mais bem-humorado de Curitiba...

Quem duvida que estou me referindo ao Solda?

Ele que me desculpe por estas


VARIAÇÕES PARA VERSOS DO SOLDA

um poeta sentado
é um poeta em pé de guerra

um poeta rezando
é um poeta em fé que berra

um poeta lutando
é um poeta em paz na terra

um poeta que morre
é um poeta enfim não erra

terça-feira, abril 21, 2009

Para quem ainda acha que letra de música não é poesia...

A ROSE FOR EMILY
UMA ROSA PARA EMÍLIA

Though summer is here at last
The sky is overcast
And no one brings a rose for Emily
O verão finalmente veio
Mas nuvens deixam o céu cheio
E ninguém traz uma rosa para Emília

She watches her flowers grow
While lovers come and go
To give each other roses from her tree
But not a rose for Emily...
Ela vê suas flores se abrindo
E os casais passam indo e vindo
Distribuindo-se rosas de sua roseira
Porém nenhuma rosa para Emília...

Emily, can't you see
There's nothing you can do?
There's loving everywhere
But none for you...
Emília, você não vê?
Não há mesmo nada a fazer
Existe amor por toda parte
Porém nenhum para você...

Her roses are fading now
She keeps her pride somehow
That's all she has protecting her from pain
Suas rosas fenecem agora
Ela mantém o orgulho de alguma forma
É só o que sobrou para protegê-la da dor

And as the years go by
She will grow old and die
The roses in her garden fade away
Not one left for her grave
Not a rose for Emily...
E à medida que o tempo escorrer
Ela vai envelhecer e morrer
As rosas do jardim desaparecerão
Nenhuma restará para seu caixão
Nenhuma rosa para Emília...

The Zombies (Rod Argent)
Ivan Justen Santana



Para ouvir a maravilhosa canção dos Zombies clique aqui.

terça-feira, abril 14, 2009

Eloquência com azeite de oliva


À ré poesia a verdade é a sentença,
desde que a nós, cegos poetas, coube
consagrar com oniscipotenpresença
até o mais modesto, humilde e simples pé de couve –

portanto: que o único calo que me cale,
que a única bela que não me abale
e que o único amor que me amordace
eu colha nas fímbrias das fibras duma folha de alface.

sábado, abril 04, 2009

PARÁFRASE VITAL EM BILABIAIS ELÍPTICAS

Superar seres, sis e circes
no acesso sensível ao si das sílabas
– sobrar só com os lábios –

triunfar dos perigos das perífrases
– cilas e caríbdis perdido(a)s por
períneos ígneos – furar as fúrias
– pérfidas erínias – simplégades
fenecendo ao final flechado
dos fragmentos de fragrâncias fatais –

sintetizar as sintonias
sem assíndetos ou polissíndetos –
sem venci nem vi tampouco vim –
e desferir enfim um simplíssimo
sim