terça-feira, novembro 30, 2010

CANÇÃO DE REDENÇÃO

– Uns pirata, é, os véio roubou eu,
Vendeu eu pros navio mercante
Logo depois que eles tirou eu
Do poço que num tem fundo
Mas minha mão foi feita forte
Pela mão do Todopoderoso
Nessa geração a gente avança
Triunfantemente

Vocês não ajudariam a cantar
Estas canções de liberdade?
Pois só o que jamais me falta
São canções de redenção

Emancipem-se da escravidão mental
Só nós mesmos libertaremos nossas mentes
Não tenham medo da energia atômica
Pois nenhum deles pode parar o tempo
Prosseguirão matando nossos profetas
Enquanto ficamos de lado, assistindo?
Alguns dizem: é só parte da coisa,
Temos que cumprir o Livro

Mas você não ajudaria a cantar
Esta canção de liberdade?
Pois só o que jamais me falta
É esta canção de redenção



Bob Marley (Redemption Song)
Versão brasileira: Ivan Justen Santana,
atendendo um pedido do grande Soruda San


sexta-feira, novembro 26, 2010

Um comunicado e quatro links fora de série...

Neste fim de semana,
no Domingo (28/11), às 16h,
pretendo comparecer à Pedreira Paulo Leminski,
e levarei meu arco&flecha
(ou seja: meu violãozinho)
desencordoado.

Para maiores informações, visitem estes links:

http://mordidaoficial.wordpress.com/2010/11/24/movimento-dos-sem-palco/

http://mordidaoficial.wordpress.com/2010/11/23/ode-ao-silencio/
(este é o melhor!)

http://www.gazetadopovo.com.br/blog/sobretudo/?id=1070677

***

Aproveito pra propagandear mais uma maravilha,
a Revista Errática -- clicai e não vos arrependereis!

segunda-feira, novembro 22, 2010

Aguardem mais um lançamento...



Enquanto isso, curtam mais uma brilhante foto de Ricardo Pozzo, e não se esqueçam de visitar o blog PÓ&TEIAS.

Reitoria da UFPR, em Curitiba.

terça-feira, novembro 16, 2010

Para as caravanas ladrarem...


Eu e um grande camarada, o poeta e tradutor curitibano Mario Domingues, agregamo-nos à matilha da revista Coyote, editada pelos chapas de Londrina: Rodrigo Garcia Lopes, Ademir Assunção e Marcos Losnak.
Para pedir a revista aos distribuidores, clique aqui.
Para mais informações sobre o número 21 da Coyote, clique aqui.
Para ler todas as postagens deste blog que mencionam Londrina, clique aqui
(ou aprenda a usar o campo de busca do Blogger, bem aí no canto superior esquerdo...).

sábado, novembro 13, 2010

PRIMEIRO AUGÚRIO DE INOCÊNCIA COM ÚLTIMA RECEITA DE EXPERIÊNCIA

(sobre texto original de William Blake)

MODO DE PREPARO:

Pego de jeito uma quadrinha inglesa.
Dispo-lhe as formas, ritmo e substrato.
Remodelando a língua da freguesa,
Mostro pra essa beleza como a trato.



INGREDIENTES:

To see a world in a grain of sand
And a heaven in a wild flower,
Hold infinity in the palm of your hand
And eternity in an hour.


VOILÀ:

Notar um mundo na areia de um grão
E um paraíso numa flor do mato:
Ter o infinito na palma da mão
E a eternidade num minuto exato.


*

sábado, novembro 06, 2010

ARQUITETURA DA DESCONSFRUIÇÃO

*
Era fumaça em gelo seco
Onda de magma – rocha em lava
Quanto mais oculta no beco
Mais revelava

Duma pelugem colorida
Ou fofa nuvem branca e preta
A retina não consolida
Nem interpreta

Proibido fruto – vinha da ira
Quer fosse só a mira da vinha
Ir e vir viram vira-vira
E assim convinha

Se as suas luzes vissem dar
Hostes aureoladas em horda
São abstrações que o paladar
Morda e remorda

Enfim festim vamos manter na
Fusa – confusa sala russa
E a face à mostra que ela alterna
Nua debruça
*


*imagem incidental: escultura de
Max Bill, "Unidade Tripartida", 1949

segunda-feira, novembro 01, 2010

Aquela esquina não quebrava em linha reta

*
Aquela esquina não quebrava em linha reta.
Sonhei-me ontem à noite escrevendo isso assim
E não, talvez não fosse um isso escrito assim
Num ritmo alexandrinamente anacorético,
Diurético, dispéptico, sinapsilírico,
Simétrico e obstétrico ou somente tétrico,
Sem absorventes íntimos que antipetendam
Seus fluxos sanguíneos de línguas, mínguas, ínguas,
Salivações intensas, perdigotos não-
-Intencionais e os outros mais quetais finais.
Não era nada disso. Tinha nem sumiço.
Nenhuma vez. Esquecida assim que incompleta.
Termina onde começa e se repete nisso.
Aquela esquina não quebrava em linha reta.

*