sexta-feira, outubro 31, 2008

Outubro acabando

Não são só todas as festas de ontem
que você já perdeu e fim de conversa,
não é só a sua inteligência
virando indigência,
nem apenas o amor que você quer
e precisa sentir e não sente,
ou o advérbio dementemente
que ocorreu agora, por inadvertência -
não é só a sua falta de comando
de qualquer rima chegando em bando:
além disso tudo
é o mês de outubro
que sem escrúpulo está acabando.

sábado, outubro 25, 2008

Surto crítico, de novo...

Vencendo a preguiça, vou ensaiar rapidamente uma retomada do surto crítico anterior:

o blog de bocágil foi retirado (ou retirou-se) da blogosfera - por mais que eu também não concorde com censuras (vide o protesto feito pelo Thadeu), havia naquele blog, além de ofensas pessoais de péssimo gosto, um grande abuso:

o uso de poemas alheios, na falta de réplicas aos seus golpes baixos -

gostaria de assinalar aqui que este "bocágil" chegou aqui com seu primeiro ataque (um soneto em estilo "olha só, mamãe, eu sei fazer soneto") chamando os leitores dos meus poemas de "leitões", e logo após baixou um pouco o tom raivoso, provavelmente porque o elogiei na primeira resposta de bate-pronto que escrevi -

assim, podemos calcular que o que o vate "bocágil" precisava era apenas de elogios ao seu ego inseguro de poeta neófito -

portanto, deixo aqui para bocágil o famoso "elogio do vate", que já recebi, e que faz bem a todos os vates iniciantes:

bocágil, vá te f****!

sexta-feira, outubro 17, 2008

Agia na minha alma algum antídoto

Enquanto eu prosseguia quase cego
rolando rimas sempre verso acima,
agia na minha alma algum antídoto
ao metro martelado, decassílabo,
e, sim, uma canção mais livre se formava,
correndo quente,
mais quente que o magma,
numa gama assim mais difusa de cores,
com o ânimo espontâneo
que os amigos às vezes trazem -
e nesse encantamento de verdade
seguindo um ritmo simples e sincero
ficou cifrado aqui um registro daquela
que me inspirava e continua a me inspirar:

agia na minha alma alguém
roland amor a me levar além...

domingo, outubro 12, 2008

Surtado em fase crítica

Não se assustem: um título melhor pra esta postagem seria "breve surto da minha visão de crítico" -

o advento de um pseudônimo (bocágil) na blogosfera provocou situações que até têm interesse e certa graça, mas vejo que foi atravessada uma fronteira para o lamentável -

a(s) criatura(s), quem quer que sejam - enfim, quem manipula este blog do pseudônimo está promovendo ataques gratuitos a poetas do cenário cultural curitibano - e o que foi feito à Luci Colin ultrapassou de longe os limites aceitáveis, transpirando covardia e péssimos sentimentos...

É difícil mesmo atingir uma visão equilibrada sobre as artes produzidas em Curitiba e no Paraná, já que são mais frequentes as visões de extremos: e normalmente o senso que prevalece, pelo menos na superfície, é o de que tudo aqui é uma porcaria -

pra mim, de positivo a respeito desse "advento do bocágil" (que na confusão tem gente que chega a atribuir a mim e [ou] ao Thadeu) foi a reação do Rodrigo Madeira (poeta que conheci e com quem conversei brevemente já faz uns dois anos) -

ele postou um soneto que não devia passar despercebido (está lá no fim dos comentários da postagem do ovo de colombo) - e o que o Madeira quer dizer ali também já me passou pela cabeça:

por que um "poeta" (bocágil) volta-se contra seus próprios pares, em vez de usar sua boca satírica pra versar sobre problemas de verdade?

Agradeço ao Rodrigo também pelo comentário da postagem anterior -
nesta, um poema longo e ingênuo, arrematei com um apelo de trégua ao "poeta bocágil", para que passasse a escrever "sublimes canções líricas" -

a resposta a isso lá no pseudoblog (estou linkando de novo, mas com certo desagrado e nojo, aquele ambiente agora me provoca repugnância) acabou sendo o já mencionado ataque a uma excelente escritora curitibana - um golpe baixo, que não mereceria muito mais que desprezo.

Pra mim, é importante ainda destacar:

o ataque ao Thadeu, na verdade, foi respondido por outro(s) poeta(s) anônimo(s), enquanto o próprio continua "tirando ouro do nariz" lá no blog dele -

que na "segunda grande resposta", além de mostrar que não sabe soletrar o nome do Leminski, o "bocágil" considera careta uma geração de poetas que tem grande valor, na qual se destaca o Marcos Prado, gênio sim (quem duvida, que leia Ultralyrics, e também O Livro de poemas de Marcos Prado) -

que, apesar de me sentir meio culpado nessa história (o "cara" veio me atacar aqui e acabou criando o seu "polêmico" [blérgt...] blog graças à atenção e às respostas com que brindei seus versinhos sujismundos), pelo menos considero que há uma agitação sobre a poesia paranaense agora, e (continuo um pouco ingênuo sim) isso pode ter boas consequências, como é o caso da interferência do Rodrigo Madeira - se bem que não considero suficiente o arremate do seu soneto: ficou meio pessimista, e achei de gosto suspeito a comparação de poetas com chacretes...

Deixo ainda um alô ao Cláudio Bettega, que fez sua saudação aqui também, e ao Alexandre França (que deve ter sido o autor do comentário mandando "Abrax") -

E, finalmente, depois deste surto crítico, registro que continuo devendo "sublimes canções líricas" à "misteriosa" G., a qual acabou também me aplicando uma satirazinha "animadora", e merece mesmo poemas que realmente valham a pena (e o teclado também...)...


Post Digitatum: "bocágil" postou agora um ataque ao Gustavot (de quem já ouvi falar, tendo visto no Wonka um trecho duma sua peça de teatro, que considerei um trabalho poético muito bem feito) -

até onde pude perceber, os autores do blog-bocágil, Bearzotti e Gustavot, executaram um desvio de atenção, perpetrando um auto-ataque - revisaram o poema que Gustavot postou em comentário assinado, e a sátira está mais engraçada e menos virulenta porque conhecem profundamente (e interiormente) o poeta que golpeiam agora...

Por sinal, Bearzotti achou de me telefonar alguns dias atrás, e em seu tom de voz melífluo declarou que não era "bocágil" - imagino que ele tenha algum temor de levar uma surra do Thadeu ("bocágil" foi ameaçado fisicamente pelo pseudônimo "boca do purgatório", o que resultou num soneto em tom de "ui, não me bata, por favor") ...

Enfim, descontados a gratuidade e o baixo nível de alguns ataques, até que essa história está rendendo algumas coisas interessantes...