Não se assustem: um título melhor pra esta postagem seria "breve surto da minha visão de crítico" -
o advento de um pseudônimo (bocágil) na blogosfera provocou situações que até têm interesse e certa graça, mas vejo que foi atravessada uma fronteira para o lamentável -
a(s) criatura(s), quem quer que sejam - enfim, quem manipula este blog do pseudônimo está promovendo ataques gratuitos a poetas do cenário cultural curitibano - e o que foi feito à Luci Colin ultrapassou de longe os limites aceitáveis, transpirando covardia e péssimos sentimentos...
É difícil mesmo atingir uma visão equilibrada sobre as artes produzidas em Curitiba e no Paraná, já que são mais frequentes as visões de extremos: e normalmente o senso que prevalece, pelo menos na superfície, é o de que tudo aqui é uma porcaria -
pra mim, de positivo a respeito desse "advento do bocágil" (que na confusão tem gente que chega a atribuir a mim e [ou] ao Thadeu) foi a reação do Rodrigo Madeira (poeta que conheci e com quem conversei brevemente já faz uns dois anos) -
ele postou um soneto que não devia passar despercebido (está lá no fim dos comentários da postagem do ovo de colombo) - e o que o Madeira quer dizer ali também já me passou pela cabeça:
por que um "poeta" (bocágil) volta-se contra seus próprios pares, em vez de usar sua boca satírica pra versar sobre problemas de verdade?
Agradeço ao Rodrigo também pelo comentário da postagem anterior -
nesta, um poema longo e ingênuo, arrematei com um apelo de trégua ao "poeta bocágil", para que passasse a escrever "sublimes canções líricas" -
a resposta a isso lá no pseudoblog (estou linkando de novo, mas com certo desagrado e nojo, aquele ambiente agora me provoca repugnância) acabou sendo o já mencionado ataque a uma excelente escritora curitibana - um golpe baixo, que não mereceria muito mais que desprezo.
Pra mim, é importante ainda destacar:
o ataque ao Thadeu, na verdade, foi respondido por outro(s) poeta(s) anônimo(s), enquanto o próprio continua "tirando ouro do nariz" lá no blog dele -
que na "segunda grande resposta", além de mostrar que não sabe soletrar o nome do Leminski, o "bocágil" considera careta uma geração de poetas que tem grande valor, na qual se destaca o Marcos Prado, gênio sim (quem duvida, que leia Ultralyrics, e também O Livro de poemas de Marcos Prado) -
que, apesar de me sentir meio culpado nessa história (o "cara" veio me atacar aqui e acabou criando o seu "polêmico" [blérgt...] blog graças à atenção e às respostas com que brindei seus versinhos sujismundos), pelo menos considero que há uma agitação sobre a poesia paranaense agora, e (continuo um pouco ingênuo sim) isso pode ter boas consequências, como é o caso da interferência do Rodrigo Madeira - se bem que não considero suficiente o arremate do seu soneto: ficou meio pessimista, e achei de gosto suspeito a comparação de poetas com chacretes...
Deixo ainda um alô ao Cláudio Bettega, que fez sua saudação aqui também, e ao Alexandre França (que deve ter sido o autor do comentário mandando "Abrax") -
E, finalmente, depois deste surto crítico, registro que continuo devendo "sublimes canções líricas" à "misteriosa" G., a qual acabou também me aplicando uma satirazinha "animadora", e merece mesmo poemas que realmente valham a pena (e o teclado também...)...
Post Digitatum: "bocágil" postou agora um ataque ao Gustavot (de quem já ouvi falar, tendo visto no Wonka um trecho duma sua peça de teatro, que considerei um trabalho poético muito bem feito) -
até onde pude perceber, os autores do blog-bocágil, Bearzotti e Gustavot, executaram um desvio de atenção, perpetrando um auto-ataque - revisaram o poema que Gustavot postou em comentário assinado, e a sátira está mais engraçada e menos virulenta porque conhecem profundamente (e interiormente) o poeta que golpeiam agora...
Por sinal, Bearzotti achou de me telefonar alguns dias atrás, e em seu tom de voz melífluo declarou que não era "bocágil" - imagino que ele tenha algum temor de levar uma surra do Thadeu ("bocágil" foi ameaçado fisicamente pelo pseudônimo "boca do purgatório", o que resultou num soneto em tom de "ui, não me bata, por favor") ...
Enfim, descontados a gratuidade e o baixo nível de alguns ataques, até que essa história está rendendo algumas coisas interessantes...
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44 comentários:
bravo, ivan, achou um erro de digitação do bocágil! já pode trabalhar de revisor... hahaha
começou a reação de quem quer continuar mamando a grana da fundação, dê-lhe socorrer "a 'grande' escritora das araucárias"
Ivan, será que interessa realmente saber que é o bocágil?
mesmo ataques como "e posa de novinha a pianista" revela por trás dessa agressão a importância de certo escritores curitibanos. Chama a atenção ao fato de agredir pessoalmente, como eu havia destacado, recentemente, num comentário no espaço virtual do bocágil.
Algumas reformas sociais, pelo menos é o que o autor dos versos prega, devem, e só passam, através de argumentos que acertam em cheio a pessoa física. Não estou defendendo aqui, uma opção ao enfrentamento, cara a cara, ao baixo nível de discussão etc e tal, mesmo que, às vezes, só assim se consegue uma mudança real. Na falta de argumentos, pode-se partir para a agressão verbal, diria schopenhauer(?)
Fico imaginando, e corrija-me se estiver errado, tudo o que se promove em curitiba, pelo menos eu pude perceber ao longo de certo anos, acontece na região norte: são casas de leitura no barigui, FCC, café quintana, espaços universitários, cinemateca entre outros ambientes. ora, o que eu penso com isso? Roberto DaMatta faz um estudo peculiar aonde ele mostra que as relações socias da alta elite se dá nas áreas norte e toma como exemplo a cidade de Recife. Aonde quero chegar com isso? Mostrar que a reforma social deve-se começar a passar o rodo por aqui. Regiões sul, como o boqueirão, passam por cursos de adestramento de como ser tornar crítico ou escritor? Ou somente a nata que desfruta de uma batata suiça ou toma café na região do batel tem direito a tais oficinas?
Quem desfruta de certa cultura em Ctba? Cultura: palavra cara para tantos.
E, como já me desgastei, nem vou entrar em detalhes da relaçoes de poder dentro da sociedade do favor que é o nosso país.
Você já leu Flávio Kothe? Crítico literário um tanto quanto interessante e que, pelo menos para mim, merece mais atenção nos círculos tanto acadêmicos quanto não acadêmicos. É preciso rever algumas ortodoxias que elevam o cânone e eis que me acabo por aqui.
Polêmicas à parte, a radicalidade do bocágil, até que me agrada, mesmo vilipendiando alguns "medalhões" da "cultura" curitibana.
giulianoquase.
só pra constar - a cinemateca fica no centro histórico de Curitiba, a reitoria fica no centrão, o corona é de pato branco, o thadeu mora na barreirinha, o leminski morava no pilarzinho, o ivan...onde vc mora mesmo? Aliás, o que isto tem a ver com o fato destes escritores serem atacados? Nenhum deles {fora o leminski}, pelo que eu saiba tem projeção nacional...as pessoas estão tentando alguma coisa através de leis de incentivo (como a Luci Colin, que ganha a vida como prof universitária), mas não vejo exploração alguma; qualquer um pode entrar no site da fundação cultural e tentar entrar com um projeto dentre os vários editais de incentivo a cultura que existe (a fundação, inclusive, promove cursos gratuitos para os interessados)...e não é que nem a lei roaunet, que é impossível captar dinheiro (dado ao fato de que a seleção acaba sendo feita pelas grandes empresas) - vide, ainda, a concorrência de pessoas como ivete sangalo e maria betânia. Acho, sinceramente, que o bocágil está criticando as pessoas erradas. Ele está dando tiros no escuro. Não vejo ele criticando o requião, ou chamando nenhum membro da corja do requião de semianalfabeto..., pensando bem, me parece mais uma nojeira política do que literária...(mais uma coisa: vou dar uma de bocágil e postar como anônimo...tipo, "lavar as mãos" mesmmo)
O importante da crítica à "segunda grande resposta" não é o erro de digitação (meio sintomático), mas a análise mesquinha do que se caracteriza ali como geração de poetas dos anos 70 e 80 - caretice eu só vejo, de sobra, no estilo e no pensamento do bocágil...
A obra da Luci já se socorre muito bem por si, não depende de nenhuma manifestação minha diante do ataque desprezível
(quem duvida, que leia o Inescritos e o Vozes num divertimento):
dê-lhe inveja e desejo inconfessável de "mamar grana da fundação" - a realidade da política cultural em Curitiba está mais próxima do diagnóstico feito no quarto comentário -
Giuliano: as agressões pessoais baratas não deveriam te deixar tão empolgado...
Ivan, meu caro, quando digo que me empolgo com tudo isso, é porque a partir de um crítica que se faz em murro em ponta de faca, me faz pensar além, muito além. O pouco que li dos livros da luci atestam uma ótima escritora, refinada com bom domínio de técnica e criativaidade. aliás, da ufpr, foi ela quem primeiro me recebeu em seu gabinete e fez alguns apontamentos em um conto meu, que até hoje guardo como tesouro. Atenciosa e inteligente, ela dissecou o meu conto e, de certa maneira, fez rever alguns erros os quais não podem passar desapercebidos, como por exemplo o domínio e a coerência da linguagem coloquial. Não estou aqui defendendo o ataque do bocágil, pelo contrário, me extendo fora de seus xingamentos e reflito sobre outras coisas: Primeiro, eu gostaria de saber o que estes projetos fazem por outras regiões que não seja apenas em área nobre – sim, face norte é área nobre: cinemateca, centro histórico, face norte, meu chapa, cê nunca viu um mapa? [E não estou lhe atacando e tampouco tirando uma onda. isto é uma discussão e deve servir pra alguma coisa]. Você nunca constrastou região norte e sul, leste e oeste?. O que se conhece da região sul? Boqueirão, por exemplo? Além da marechal floriano inteira cheia de lojas de consumo? Vê-se biblioteca? Vê-se algum cinema de rua com filmes, que às vezes, fogem do padrão? Vê-se algum teatro? Algum movimentos social? Aliás, aonde estão os movimentos sociais? Aonde? Pode me apontar? Os intelectuais – palavrinha feia e maldosa essa – não passam de testemunhas, como diria o cineasta Passolini.
Ao constratar região norte contra outras é que percebo aonde se mantém as leis de incentivo. E viu que como um ataque do bocágil, está rendendo bons frutos? Cadê o bocágil? A coisa saiu do âmbito pessoal para algo maior que venho percebendo. Outra pergunta [e são tantas]: esses escritores percorrem outras regiões que não seja o parque barigui ou o pátio da reitoria, ou o agora, recém inaugurado, café quintana, ou até mesmo ambientes como a fnac? Quem frequenta o barigui, é importante saber: gente do sítio cercado com alto índice de assassinato? Gente do boqueirão? Do portão – bem, portão é mais próximo do centro. É preciso conhecer o círculo de giz, meu chapa. Requião e seus analfabetos também devem fazer parte da crítica. Você frequenta a BPP? Os livros são escassos, a estrutura é capenga... quanto da renda curitibana é investida em cultura etc etc etc? 1%?
Bem, como vc deve saber, não existe relações sociais sem que envolva interesses por trás, ou há. O que eu vejo em curitiba é que quando se ataca – mesmo que seja no escuro – você não recebe, de volta, o tão sonhado tapinha nas costas. Quem é que faz crítica literária em curitiba? O jornal rascunho?
E quando o fato de ser uma nojeira política, ora, o que é a eleição do cânone? O que é?
Não venho aqui pra receber tapinhas nas costas, tão longe quero isso, se vender para um sistema que se importa com quotas, com pequena parcela da população e por isso se acha no direito em falar círculo cultural, círculo sim, círculo norte aonde pessoas bem comportadas, digamos, civilizadas... aff! creio que é preciso voltar-se os olhos para o ezquisofrênico, como queriam o guatarri e o deleuze. esquizofrênico, devo estar louco.
giuliano
poxa, e sem querer, acabo criando um neologismo: criativaidade. será meu inconsciente?
giuliano
triste os ataques do tal bocágil. eu, um cara que sabe quase nada de poesia e publiquei meus versinhos imaturos, sem vergonha de mostrar meu semi-analfabetismo poético, só tento aprender com todos que vou conhecendo, sem querer atacar pessoas. acho que o diálogo, o debate em alto nível, é mais interessante que ataques sujos, como os dirijidos à luci.
Giuliano, ainda não entendi o porquê de se atacar aquelas pessoas (a discussão que vc coloca no seu comentário já existe e está viva, com ou sem os ataques do bocágil). Os poetas atacados não fazem parte de cânone nenhum (só se for do fã clube dos alunos da reitoria).Acho que vc está um pouco por fora sobre "quem é o cânone". O cânone está, justamente, por exemplo, na figura que o bocágil defendeu em seu blog - Carlito Azevedo. Ou em figuras que detém uma coluna na folha de são paulo, como o Ferreira Gullar (sim, o mesmo do "poema sujo") e Antônio Cícero. Acho que o bocágil (se for quem estou pensando que é) tá sendo um pouquinho hipócrita ao criticar estes poetas (burgueses? é esta a crítica rasinha do bocágil?). Afinal, uma pessoa que contribui com uma instituição de ensino tomada por catracas, não deveria falar que irá livrar a cidade das catracas...enfim, posso estar enganado, mas, como diria o próprio bocágil: afinal quem é tão ágil?
nossa...
fim de jogo, pontaria perfeita.
Fim de jogo? Mas já?
Queria observar ao Giuliano que existem biliotecas da FCC nas ruas da cidadania (e em alguns bairros), e há também os faróis do saber espalhados pela cidade -
claro que só isso não é suficiente pra resolver o problema do acesso à cultura - mas existe gente se movimentando culturalmente no Boqueirão e noutros bairros sim: você já ouviu falar no Prasbandas?
http://prasbandas.mus.br/
Quanto ao comentário que diagnosticou o que é o cânone atualmente (mesmo(a) comentarista que antes "lavou as mãos"? pelo jeito, sim...) -
realmente foi muito pertinente - e me deixou tão contente a ponto de rimar feito um demente (normalmente as rimas só atacam assim quando a gente escreve em prosa um pouco duvidosa...)...
Urgt, desculpem...
Giuliano, tome um tapinha nas costas e deixe de "ezquizofrenia" porque "isso não bom", valeu?
Olá, Ivan,
Então o Bocágil é o Bearzotti? Ele tirou a máscara?
Bearzotti me telefonou, faz uma semana, para negar que seja o "bocágil" -
Gustavot me telefonou hoje e também disse não ter o envolvimento que aventei (eta, verbinho...) aqui no Post Digitatum da postagem -
ninguém tirou máscara nenhuma, e parece que é "saudável" que isso não aconteça -
aproveito pra destacar a declaração do Giuliano sobre a Luci, visto que o já "mítico" "bocágil" linkou estes comentários aqui, e solicitou atenção para as palavras do meu caro amigo Dr. Quase...
Parece que estamos progredindo mesmo, arre...
o estranho é o poema em verso livre. É uma redação de vestibular. Talvez uma dica do Bearzoti para o concurso 2009.
OS POETAS MENORES
Os poetas menores vão conversar nas livrarias, freqüentam palestras, congressos, seminários e tardes de autógrafos pensando nas suas. Os poetas menores participam de semanas culturais e feiras do livro até no interior. Só não estão em casa trabalhando. Não têm tempo. Os poetas menores fazem visitas e são visitados. Assistem a sessões em que conhecem a mesa e a platéia e cumprimentam cada um. São os primeiros a abraçar pelo prêmio ou a homenagem e apesar disso têm emprego, mulher, filhos, fumam, ou não fumam, comem nas horas regulares e escrevem. Não sei como.
Já os poetas andam atrás da sua poesia. Segundo Faulkner, por ela deixariam morrer as tias. E tias aí é eufemismo, a Bíblia diria pai e mãe. Ninguém mais fácil de contentar do que um poeta menor. Lembre algo que ele publicou e logo receberá em casa suas obras completas,
sempre mais numerosas do que previa e com dedicatórias de enrubescer seu ego, por desproporcional que seja, como é a regra.
Folheia os livros e viu tudo, se aproximam, não chegam, repetem, não dizem. Mas o autor deseja opiniões precisas e se refere a páginas que não estão entre as vinte e duas que você leu e não gostou. A sorte é que supõe a favor o que é reserva e sorri. Para o poeta basta o que escreve, o poema dá sentido à sua vida. Sem o poema, restam ao poeta menor os comentários.
Não estranha que seus tímpanos dobrem de sensibilidade ao menor sinal de interesse. O poeta menor ri, fala macio, é prestimoso, evita problemas na vida como na arte.
Por isso justamente é menor, embora sofra tratando de não sofrer. Na arena das relações e das letras, não enfrenta os leões, mas não acaba menos devorado, pois há leões onde menos se espera.
Não se pode dizer que o poeta menor leve uma vida atribulada. Busca se preservar de riscos, o que às vezes é tão incômodo como corrê-los, mas a falsa poesia que faz mostra que leva uma vida falsa. Vivesse para valer, podia não ser poeta, mas não seria um poeta menor.
O poeta menor não chora de noite como o poeta, de noite ele dorme. No outro dia, refeito, ocupa-se tanto que não sobra espaço para o poema. Já o poeta, mesmo sem pensar no poema, o vive e assim, quando vai ao seu encontro, pode dar com ele.
Diante desses fatos, (PARÁGRAFO DE CONCLUSÃO????) e outros de teor semelhante, vê-se que os poetas não costumam ser agradáveis e que os poetas menores são encantadores. É ir ao poeta pelo seu poema e folhear em pessoa o poeta menor.
..........................
se for o Bearzoti uma coisa está provada, saiu da forma fixa ele so consegue produzir redação de vestibular.
ai, meus companheiro. Um piparote pra vocês.
Jorge Barbosa
novamente eu pra chatear. de dr. quase quero muita distância porque meu cérebro não funciona de forma sistemática, ideologicamente falando.
porque as pessoas não assinam as devidas postagem, medo de dar as caras. apenas mimosos e laranjas habitam curitiba?
giulianoquase.
-OS POETAS MENORES-
NÃO É DO BEARZOTTI, É DO PAULO HECKER FILHO, UM PUTA POETA, DOS GRANDES...
Paulo Hecker Filho nasceu em 1926 e faleceu em dezembro
de 2005, aos 79 anos. Era formado em Direito, mas teve
condições de se dedicar exclusivamente à leitura e à crítica.
Na década de 1980, começa a publicar seus livros de poesia. O
primeiro, Perder a vida, foi vencedor do Prêmio Cassiano Ricardo em 1986. Conforme
Assis Brasil, Hecker Filho era um homem de idéias fortes e extremamente polêmico.
“Não havia quem lançasse um livro e não recebesse uma carta dele”,
Giuliano, fala isto para o Bocágil! (ass. aquele anônimo que "lavou as mãos e disse do que se tratava o cânone")
Ivan meu gato, estou gostando de ver, escrevendo o que pensa com mestria sem esconder nada.
você é meu poeta preferido.
G.
Eu até escrevi algo do que penso, mas da maestria fiquei longe...
Consegui escrever "biliotecas" - e talvez tenha deixado a impressão de que acho ótima a FCC -
na verdade, eu amo a FCC (nasci no mesmo ano em que ela foi criada), com todos os seus senões e problemas (pois é: eu também os tenho...) -
trabalhei lá durante 14 anos, motivado por idealismo (e talvez uma certa loucura também), "mamando" pouco mais que um salário mínimo mensal...
Se não se fazem mais Perhappiness como antigamente, pelo menos a FCC oferece oficinas de texto nas ruas da cidadania, sob orientação de pessoas legais e capacitadas (e não é um trabalho nada fácil...) -
também mantém as atividades Roda de Leitura, Nova Cartografia, e Odisséia da Palavra -
a FCC também dá uma força no Paiol Literário, que vem ocorrendo faz uns dois anos...
É pouco? Seria pouco, se o público para a literatura não fosse tão pequeno, e muitas vezes problemático (o que dá de chato na nossa área não é brincadeira, haja vista uma figura feito o "bocágil"...)...
Giuliano: o "Dr" foi só uma ironiazinha, não se incomode com isso -
se incomode mais que neste momento a visibilidade do seu blog aumentou - um belo efeito colateral da dúbia agitação provocada pelo auto-proclamado "terremoto" (será o apocalipse das letras paranaenses?)...
senhores,
muito esperto esse bocágil!
ivan, caso não forem os seus suspeitos, autores do blog, deve uma desculpa, cavalheiro como és...
aliás, cavalheirismo é uma coisa que irrita o tal bocágil, sente cheiro de pelegos, ele mesmo quiça um pelego, pelo que se vê...
Bocágil,
acusas os outros do que pareces ser
Queres o trono posto para teu gosto
atender?
És outro tirano!
Teima o tal ciclano em
Ser um duvidoso esteta!
Será mesmo poeta, ou um
simples anacoreta
que viciou-se em ofender?
Ivan,
tenho cá comigo
não há nada de novo
sob esse umbigo
Ivanzito, eu sei que foi uma ironia.
Por que a tentação em saber quem realmente seja o bocágil?
e o anônimo biblico, aonde que o assunto que sustento está vivo mais vivo do que nunca?
vai me diz, mocinho ou... mocinha!
giulianoquase.
Ah!
e é justamente essas atividades, meu caro ivan, que quero saber aonde atuam.
Ainda minha especulação, se essas atividades percorrem outras regiões que não sejam em área norte.
novamente minhas perguntas, como é de se esperar, não são respondidas.
espero que algum mocinho ou... mocinha possa me auxiliar para entender o que realmente essas atividades contribuem para a sociedade.
giulianoquase.
será que ninguém se toca que o Bocágil é o Rodolfo (aquele do terninho)?
Giuliano:
espero que você perceba que essa teoria de "face norte" não se aplica perfeitamente ao caso de Curitiba - o problema não está diretamente ligado à geografia, mas à concentração de renda e de cultura -
as oficinas da FCC são ministradas nas ruas da cidadania (isso inclui Boqueirão, Fazendinha e Bairro Novo) -
se você quer saber se essas atividades contribuem ou não, por que não faz uma pesquisa de campo, e não vai lá pentelhar o pessoal da Coordenação de Literatura da FCC?
Acho que eles vão adorar que alguém se interesse por esse trabalho...
Respondido, mocinho?
e vc não me respondeu "o porque de se atacar estas pessoas". Vou ser bonzinho com vc, Quase. Façamos assim, eu não respondo (por que eu não quero) e vc também não responde (por que não há resposta para isto que não seja ligada a mais pura canalha). Teremos trégua. Agora, se você quer falar sobre a questão social da arte, fale livremente no seu blog, mande e-mails para as pessoas participarem da discussão, só não me venha com este papo de que "o Bocágil provocou isto tudo". Não a desculpa para um adolescente que chama as pessoas de putas, semianalfabetas, autistas, gordas, de uma forma pública (como um anônimo) se não o castigo. Bocágil é apenas um adolescente de ego machucado, com muito mau gosto e que aprendeu a xingar os outros através de versos. Já ouviu falar que "não se entrega em briga de estranhos"? Se liga.
como responder uma pergunta que não me cabe, pergunte ao bocágil. creio que houve uma confusão de pessoas físicas. eu mesmo recebi e-mails que perguntavam, se eu era o bocágil. não, não sou. não tenho domínio rítmico pra esculhambar geral.
ah, eu eu assino:
giulianoquase.
E ivan, ok, farei uma pesquisa de campo. me informe quando algo acontecer nas bibliotecas das ruas da cidadania, ou em outro lugar, beleza? pode-me fazer esse favor? observarei.
não confundam alhos com bugalhos, por favor.
continuemos!
giulianoquase.
tsc, tsc, tsc
A Fundação Cultural de Curitiba (FCC) também coordena diversos projetos de disseminação da leitura entre jovens e crianças, entre eles a Casa da Leitura, que fica no Parque Barigüi. Lá, os visitantes encontram um acervo todo dedicado à faixa etária e, a partir de março, abre a temporada de atividades, como a contação de histórias e oficinas. Os artistas que ministram as atividades são contratados pela FCC por meio de edital. As oficinas se estendem em outras bibliotecas e em escolas da rede pública (as visitas podem ser agendadas também).
De acordo com o diretor de Ação Cultural da fundação, Beto Lanza, a idéia é transformar todas as bibliotecas em Casas da Leitura. O primeiro passo para isso será a inauguração, até o final deste ano, da segunda Casa da Leitura de Curitiba, no Parque São Lourenço. No Brasil temos muitos leitores, mas poucos de literatura. O acesso ainda é pequeno, ou porque a educação da família não primou por isso, ou porque as políticas públicas não ajudam. É um trabalho de longo prazo, que precisa ser inserido na criança. Mas se modificarmos o olhar do adulto também chegaremos na criança, comenta Lanza, lembrando que a casa também tem rodas de leitura para adultos.
Clube de leitura reúne adolescentes no norte
Em Maringá, no norte do Paraná, as cinco bibliotecas da cidade desenvolvem projetos de incentivo à leitura para crianças e adolescentes. No Clubinho da Leitura, estagiários universitários escolhiam autores e, durante as oficinas, conversavam com as crianças sobre eles e também sobre as histórias. Logo em seguida eram desenvolvidas atividades (de pintura, desenho, entre outras) sobre o assunto com as crianças.
Mas no ano passado, como explica a gerente de Promoção da Leitura de Maringá, Fernanda Mecking, os estagiários começaram a trabalhar com temas. Neste ano, a idéia é explorar os contos de fada. Segundo ela, o objetivo é transformar a biblioteca em um local agradável e divertido. Não queremos vincular a biblioteca à escola, as crianças vêm espontaneamente. Aqui a lei é a diversão, a gente tenta mostrar um outro lado para as crianças. Se ela vai virar um adulto leitor eu não sei, mas o importante é que abrimos as portas, diz Fernanda. E os resultados são visíveis. Conversamos muito com as crianças, aos poucos até as mais tímidas vão se soltando. Percebemos nitidamente quem é incentivado em casa e quem não é, diz a bibliotecária.
Com os adolescentes, o trabalho é mais recente, começou no ano passado, mas tem o mesmo êxito. Segundo Fernanda, o primeiro livro escolhido foi Harry Potter, em função do sucesso da obra, para incentivar mesmo a meninada. A idéia inicial era trabalhar apenas dois meses com o Harry Potter, mas a empolgação deles foi tanta que ficamos o ano inteiro em cima disso, contou. Para a bibliotecária, não são só as crianças e os jovens que aprendem com as oficinas. É uma senhora aula para nós também. Às vezes a gente vai reler uma obra que nem lembrava mais, ou que até mesmo nunca tinha lido, comenta. (MA)
A Veja e a TV deseducadora que temos já ensina crianças a lerem Harry Porter, as Fundações Culturais deviam ao menos apresentar prá elas o Monteiro Lobato, e até os poetas como Quintana e Cecília Meirelles, estas fundações desviam sua função de mostrar a verdadeira arte. Arte NÃO É ENTRETENIMENTO. Tem um erro enorme nas escolas e nestes nichos onde algumas pessoas sem conhecimento real do que seja a verdadeira LITERATURA, inclusive para crianças, estão lá sendo pagas prá continuar nublando o BELO. Caraca! Quem precisa disto? Que cada pai ensine seu filho. E quanta grana se gasta com isto? Prá ensinar a ler Harry Porter? E se a Fundação Cultural estivesse empenhada seriamente em disseminar cultura com igualdade de classe e sem discriminação de artistas, não precisava de defensores bucha de canhão feito Ivan e não teriam os detratores anônimos. Cada local que vc vai tá todo mundo boiando, nos Faróis do Saber os atendentes não lêem e não conhecedores profundos do arsenal que tem, os poetas que dão oficinas pela aí, alguns nunca lançaram livros, e assim vai... é claro que é melhor acabar com esta discussão de merda... sempre foi assim, não devemos ter a ilusão que o dinheiro público vai ser gasto com a devida responsabilidade e ética e quem faz sua parte deve ficar tranquilo, e quem não faz merece mesmo que um dia alguém pire e extrapole... tudo tem limite!
Não sou defensor de bucha de canhão - se alguns dos poetas que dão oficinas por aí nunca lançaram livros, não é isso que garante a qualidade de seu trabalho -
detratores anônimos (como é o caso do comentarista anterior) sempre vão existir, isso também não tem nada a ver com a eficácia ou carência do trabalho da FCC -
A discussão não termina com um surto desses (e cuidado pra nunca mais acentuar um "pra", por favor) -
o trabalho com Harry Potter foi um exemplo que alguém postou aí, e é feito em Maringá -
Arte também é entretenimento, e não adianta nada sacralizar o BELO e a LITERATURA. Também não adianta considerar esta um discussão de merda, e é muito saudável se preocupar com o gasto do dinheiro público, conferindo o trabalho que está sendo feito -
o argumento de que as coisas sempre foram assim é derrotista, e é isso que devia ter um limite.
a função tua é achar erros, é a função dos que se acham melhores que os outros, este é o cerne da questão... e então, quando todos tirarem as máscaras quem sabe cada um diz quem é e a que veio, eu vou e me arrependo de dar uma opinião, pois algumas coisas vão ser sempre e eternamente como são. Nem cheguei e nunca mais volto, esta palhaçada só podia mesmo gerar tanta confusão, há quem espante a beleza onde chega, e uma destas pessoas é mesmo o surtado. Arte é arte. Entretenimento é entretenimento. Mas, é claro que A PARTIR DE AGORA NÃO É MAIS, pois é tudo como querem que seja, mesmo tendo que mudar o dicionário e fazer a classe dos escritores entrarem em convulsão, por terem sempre se colocado como é mais ou menos todo o governo de direita, esta coisa pequena, de achar que ocupam um algum lugar fazendo um favor, e achando sempre que estão fazendo o melhor... existe mil coisas que podem ser discutidas... mas, ninguém está mesmo interessado... então convoque os que sabem escrever sem nunca errar nem ao menos um acento e continuem com esta maravilhosa ocupação, e quem tiver vergonha na cara que se afaste disto, pois não tem saída, nem diálogo por aqui, e considerando o que li, deve ser assim com a questão toda que engendrou isto... ninguém aceita opinião entre os "eleitos", os intocáveis... parabéns! já fui tarde.
Ficou magoado por causa do prá?
Deixa disso -
aqui tem diálogo, sim, e você está misturando as coisas - não aceita ser contrariado?
Chegou sim, comentou bastante, e agora quer sair choramingando?
A atitude continua muito derrotista...
Ninguém aqui é intocável ou eleito - fique à vontade para comentar, escrever um poema, ou mesmo fugir da discussão -
mas não afaste a beleza deste blog!
Caracas! pra usar um expressão do Rio, que está em voga em Curiitba. Eu poderia até concordar com o anônimo acima, mas dizer que quem lança livro comprova um certo conhecimento, aí é dose. E também o Ivan se preocupar com o prá acentuado, sendo que a interação foi estabelecida, daí é demais. Há algum sociolinguista aqui? Ou Curitiba as pessoas são da linhagem das ideías de Suassure?
E que isso fique mesmo a parte [vai crase no a que antecede parte?]...
Quanto ao assunto tocado de que arte é arte, ainda vou na onda do Ivan, Arte é entretenimento, sim! Há um artigo do José Paulo Paes muito interessante sobre isso. [Alguém lembra do nome? Aquele que tem o mordomo?]
Ler Harry Porter, não é de todo mal, depende como se lê, como é abordado, ou se é realmente lido mesmo. Corpo a corpo com texto.
Mas no todo gostei da revolta do anônimo, já é alguma coisa, mas como diria Brecht, nunca diga isso é natural. Aí a coisa continua a merda toda.
Mas a minha problemática, persiste na questão geográfica. O deslocamento de uma pessoa que mora no sitico cercado é muito desgastante, se é que a informação de uma casa da leitura - vinculada ao espaço nobre de um Barigui, e se for o caso do Parque São Lourenço, também - chega até às populações mais afastadas. É preciso ir até eles.
Ano passado, consegui pegar quatro meses finais numa escola da rede estadual e fiz um trabalho com o ensino médio no qual apliquei excessivamente leitura, para daí pedir, como coisa de avaliação, produção textual, e saia cada coisa bacana. Pensando nas escolas, os professores não pensam e praticam o básico: ler para a garotada. Fui até intimado por um pequeno grupo de estudantes a abrir um círculo de estudos filosóficos. A coisa funciona, se for aplicada. E vocês, professores ou escritores, não precisam se estender em teorias ou coisas que o valha, apenas a leitura. E como os alunos gostavam.
Agora concordo com o anônimos, os lugares públicos são dominados por gente que sequer conhece ou ouviu falar em um leminski ou nosso vampiro de ctba, para ficar apenas nesses dois.
Continuemos, e anônimo, assine a postagem, mostre quem é você, ninguém vai procurá-lo para fazer uma agressão física.
É preciso saber quem são estas pessoas que falam, de onde elas falam, do que elas partem para falar.
Depois eu posso até contar a artificialidade do projeto Comunidade Escola dentro do qual, se não me falha a memória, a FCC tem parte nisto.
Giulianoquase [se estiver erros gramaticais, ou de acentuação, ou de concordância, desconsidere, pois, como disse uma dama pela qual tenho o maior prestigio, escrevo com os dedos]
Continuemos!
Potz...
Isso que eu nem mencionei que escreveram "Harry PoRter"...
Impressionante como conseguem se ofender, mesmo comentando anonimamente -
- Calma, Ivan, foi só um surto de adolescente...
De qualquer modo, a pessoa que colou o texto sobre o trabalho da FCC podia ter editado melhor, cortando a parte sobre Maringá, que não tem nada a ver com a história...
Será que me consola o fato do adolescente que escreveu aqui nunca mais perpetrar um "prá" na vida?
- Esse não devia ser o cerne da questão, e você é incorrigível na sua mania de correção, Ivan... Por que não revisa o texto do Giuliano?
Ivanzito malicioso...
- hã?
giulianoquase.
Retomando (eu estava escrevendo o comentário anterior quando o Giuliano comentou) -
não quero igualar diretamente arte com entretenimento -
vou tentar me policiar pra não apontar mais deslizes formais -
o questionamento do trabalho da FCC e dos faróis do saber (que são administrados pela Secretaria Municipal de Educação) precisa ser feito -
eu não represento nem FCC nem SME -
acho que é fácil chegar aqui e escrever que "lá tá todo mundo boiando" - "não conhecem o arsenal de que dispõem" -
e mais fácil ainda é ter um surtinho, misturar opiniões e sair fritando...
A coisa anda, mas realmente não é fácil.
sim, ivan, eu tou ligado! é preciso se policiar, mas aqui são apenas rabiscos, linhas tortas oriundas de um certo calor da hora.
mas não adianta sacralizar a arte caso contrário, não será permitido trabalhar com um Terra Papagalli, por exemplo.
vale?
giulianoquase.
estou só esperando saber quem é o tal bocágil...to juntando o magoo, o black, o edilson, o rodrigão e outros amigos dos poetas alvo do pateta(s) para uma visitinha educativa nos lugares que ele(s) frequenta(m).
como dizia o marcos prado "mexeu com meus amigos, mexeu comigo". se não aparecer o nome dos culpados, vamos pegar de pau os dois acusados neste blog, só por precaução.
ruga e a turma da pesada
gostei da sua crítica IIIiiivvvaaannn, entretanto, embora tenha havido sim um mau gosto em alguns dos textos do bocágil, quem sabe em todos, acredito que a atitude dele foi interessante na medida em que colcocou um pouco de lenha na fogueira das vaidades curitibanas, muito do que ele disse -- é certo que sem compostura -- se justifica por esse viés e isso certamente agradaria a caras como o marcos prado e o leminski (que tinham uma veia polêmica bem agressiva), todos os supostos grandes poetas curitibanos (que já viraram "clássicos")estão bem confortáveis dando tapinhas nas costas uns dos outros (certo é que vez por outra há punhais), um bom pontapé na criatividade é o desafio de responder o bocágio sem precisar apelar para as mesmas armas dele, além disso, desconfio que os citados por ele, se se importassem, teriam feito jus ao renome(eles são bem grandinhos). para finalizar, o melhor dessa desconfiança toda é que os poetas da cidade recuperaram senão o senso crítico, ao menos a capacidade de duvidar, sobretudo de si mesmos.
Alguém poderia listar quem faz a "cultura" em Curitiba? Pego essa lista e levo toda vez no sebo, para ter certeza que não devo levar as coisas que traz. Acesso à cultura = ? Na minha terra, quem quer um livro, ou compra, ou vai na biblioteca (seja onde for) ou escreve um...
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