Eu sei, eu sei: tenho blogado pouco e mal, mas vou tentar compensar isso agora:
quanto ao futebol, meu Clube Atlético Paranaense tem abafado: depois da conquista do título paranaense em cima do arqui-rival (que ultimamente está mais pra infra-arqui-rival), vitória fora de casa na Libertadores: dá-lhe, Furacão! Maiores informações consultem
http://www.furacao.com
ou
http://www.rubronegro.net
Amanhã (domingo) os ouvintes curitibanos podem sintonizar o programa Radiocaos, na 96.3 FM, começando às 20h: ali pelo quarto ou quinto bloco poderão conferir uns tostões da minha voz, falando poemas meus em gravações feitas em pleno surto: o programa tem um monte de música radicalmente elegante, e me dá orgulho de participar: maiores informações aqui:
http://www.radiocaos.com.br
Bem, como esse era pra ser um blog eminentemente poético, deixo vocês com um poema que era pra ser o primeiro do meu primeiro livro, mas agora a idéia é divulgar tudo por aqui mesmo: cordiais saudações.
SE MENTE
Quando eu ainda não era eu
certamente já tinha gente:
tinha Beatriz, Julieta e Romeu,
Dante e Shakespeare, conseqüentemente.
Se uma mente que não fosse demente
deixasse a filosofia de lado,
saberia sempre tranqüilamente
a diferença entre o certo e o errado.
Mas agora eu já nasci sabendo:
não foi de ontem que o tempo urgia.
Só que as rimas fáceis já estão doendo:
um parto pode ser lindo feito a poesia.
sábado, abril 23, 2005
domingo, abril 17, 2005
Futebol é isso aí
Meus amigos, minhas amigas, meus inimigos, minhas inimigas, meus irmãos, minhas irmãs, meus leitores, minhas leitoras, e inclusive o pessoal que cai aqui por engano buscando tatuagens de alguma coisa ou trepadas:
neste domingo eu fui até a Baixada e vi O jogo de futebol: um clássico Atletiba, decisão do campeonato paranaense de 2005:
vencemos nos pênaltis, depois de 120 minutos de jogo...
Na verdade, foram 210 minutos de Atletiba neste ano, contando com o primeiro jogo, que vi pela TV:
placar no tempo normal: 1 x 1
prorrogação: 0 x 0
pênaltis: Atlético 4 x 2 coritiba
Me desculpem os intelectuais, mas futebol e poesia são artes irmãs: basta consultar as letras dos hinos dos clubes: olha só essa quadra do hino do meu Clube Atlético Paranaense:
A tradição que não tem jaça
Nos legou o sangue forte
Rubro-Negro é quem tem raça
E não teme a própria morte
Aqui vai um soneto comemorativo
Suas cores são o rubro duma rosa
Ou do sangue que percorre o corpo inteiro:
A cor do negro, herança generosa,
No caldeirão fermenta brasileiro.
Com ritmo vibro: em tarde ensolarada
Ou mesmo em tempestade torrencial:
Nessa candente Arena da Baixada
Onde o domingo é festa sem igual.
E essa paixão, que nem sei explicar,
Tornou-se inda mais forte no proscênio
Desse teatro onde, ao despertar,
O Atlético Paranaense então,
Furacão do Século e do Milênio,
Sagrou-se e sagrar-se-á sempre campeão!
Ivan Justen Santana
(decalcado de um soneto de Edson Malachini)
neste domingo eu fui até a Baixada e vi O jogo de futebol: um clássico Atletiba, decisão do campeonato paranaense de 2005:
vencemos nos pênaltis, depois de 120 minutos de jogo...
Na verdade, foram 210 minutos de Atletiba neste ano, contando com o primeiro jogo, que vi pela TV:
placar no tempo normal: 1 x 1
prorrogação: 0 x 0
pênaltis: Atlético 4 x 2 coritiba
Me desculpem os intelectuais, mas futebol e poesia são artes irmãs: basta consultar as letras dos hinos dos clubes: olha só essa quadra do hino do meu Clube Atlético Paranaense:
A tradição que não tem jaça
Nos legou o sangue forte
Rubro-Negro é quem tem raça
E não teme a própria morte
Aqui vai um soneto comemorativo
Suas cores são o rubro duma rosa
Ou do sangue que percorre o corpo inteiro:
A cor do negro, herança generosa,
No caldeirão fermenta brasileiro.
Com ritmo vibro: em tarde ensolarada
Ou mesmo em tempestade torrencial:
Nessa candente Arena da Baixada
Onde o domingo é festa sem igual.
E essa paixão, que nem sei explicar,
Tornou-se inda mais forte no proscênio
Desse teatro onde, ao despertar,
O Atlético Paranaense então,
Furacão do Século e do Milênio,
Sagrou-se e sagrar-se-á sempre campeão!
Ivan Justen Santana
(decalcado de um soneto de Edson Malachini)
sexta-feira, abril 15, 2005
um tributo aos gianninis
*
A letra parece que é do Caetano Veloso, a canção é dos Mutantes, mas a versão definitiva pra mim é a dos Gianninis, a melhor banda sixtie do século vinte e um. Apavorante!
TREM FANTASMA
Quatrocentos cruzeiros
Velhos compram com medo
Das mãos do bilheteiro
As entradas do trem fantasma
Ele e a namorada
Ele não pensa em nada
Ela fica assustada
Quatrocentos cruzeiros
De força arrastam
O rapaz e a moça para
O lugar em cinemascope brilhante
A montanha gigante de generais verdejantes
E aparece distante
O trem no espelho brilhante
Desde o primeiro beijo
Arrebenta o espelho
Quatrocentos cruzeiros
Quatrocentos morcegos de força
O beijo, o rapaz e a moça
O trem dentro d'água
A piscina parada
Ela não pensa em nada
Ele pensa e não diz
Onde tem muita água tudo é feliz
O primeiro beijo
Quatrocentos cruzeiros
Zé quarenta HP's de emoção
O Zé do Caixão
Traz os bichos da criação
Até o portão e
Terminou a sessão
Quatrocentos cruzeiros
Velhos compram com medo
Ele e a namorada
Ela não pensa em nada
Ele pensa em segredo
A letra parece que é do Caetano Veloso, a canção é dos Mutantes, mas a versão definitiva pra mim é a dos Gianninis, a melhor banda sixtie do século vinte e um. Apavorante!
TREM FANTASMA
Quatrocentos cruzeiros
Velhos compram com medo
Das mãos do bilheteiro
As entradas do trem fantasma
Ele e a namorada
Ele não pensa em nada
Ela fica assustada
Quatrocentos cruzeiros
De força arrastam
O rapaz e a moça para
O lugar em cinemascope brilhante
A montanha gigante de generais verdejantes
E aparece distante
O trem no espelho brilhante
Desde o primeiro beijo
Arrebenta o espelho
Quatrocentos cruzeiros
Quatrocentos morcegos de força
O beijo, o rapaz e a moça
O trem dentro d'água
A piscina parada
Ela não pensa em nada
Ele pensa e não diz
Onde tem muita água tudo é feliz
O primeiro beijo
Quatrocentos cruzeiros
Zé quarenta HP's de emoção
O Zé do Caixão
Traz os bichos da criação
Até o portão e
Terminou a sessão
Quatrocentos cruzeiros
Velhos compram com medo
Ele e a namorada
Ela não pensa em nada
Ele pensa em segredo
segunda-feira, abril 11, 2005
Morridinha básica
(...)
Morrer faz bem à vista e ao baço,
melhora o ritmo do pulso
e clareia a alma.
Morrer de vez em quando
é a única coisa que me acalma.
Paulo Leminski
Morrer faz bem à vista e ao baço,
melhora o ritmo do pulso
e clareia a alma.
Morrer de vez em quando
é a única coisa que me acalma.
Paulo Leminski
segunda-feira, abril 04, 2005
GUIADO POR ANTONIO THADEU WOJCIECHOWSKI
*
Elas vêm me dizer: eu te farei o bem.
Insistem a implorar: te livrarei do mal.
Bramo e babo, brâmane na lama.
O sinal fica vermelho, azul, verde,
amarelo, alaranjado, o sinal:
finco o pé no acelerador, o pneu canta,
não dou nem tchau.
Elas vêm me dizer: eu te farei o bem.
Insistem a implorar: te livrarei do mal.
Bramo e babo, brâmane na lama.
O sinal fica vermelho, azul, verde,
amarelo, alaranjado, o sinal:
finco o pé no acelerador, o pneu canta,
não dou nem tchau.
sexta-feira, abril 01, 2005
versos da boca do forno
meti meus pés
pelas suas mãos,
encolhi os ombros
nas suas coxas
e lasquei cócegas
por suas palmas:
vamos fazer uma
nossas duas almas?
pelas suas mãos,
encolhi os ombros
nas suas coxas
e lasquei cócegas
por suas palmas:
vamos fazer uma
nossas duas almas?
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