Je rêve de vers doux et d'intimes ramages,
De vers à frôler l'âme ainsi que des plumages,
Eu sonhei versos doces de íntimas ramagens,
Versos cocegando a alma ao modo de plumagens,
De vers blonds où le sens fluide se délie
Comme sous l'eau la chevelure d'Ophélie,
Versinhos onde o senso fluido se desfia
Feito os cabelos Dela imersos na água fria,
De vers silencieux, et sans rythme et sans trame
Où la rime sans bruit glisse comme une rame,
Versos silenciosos, sem ritmo ou drama extremo
Onde a rima sutil desliza feito um remo,
De vers d'une ancienne étoffe, exténuée,
Impalpable comme le son et la nuée,
Versos dum arcaico estofo, extenuado,
Impalpáveis feito o som ou o céu nublado,
De vers de soir d'automne ensorcelant les heures
Au rite féminin des syllabes mineures.
Versos de tardes de outono que enfeitiçam horas
No rito feminil das sílabas menores.
De vers de soirs d'amour énervés de verveine,
Où l'âme sente, exquise, une caresse à peine...
Versos de tardes de amor, nervosa bebida,
Onde a alma goza, doida, uma carícia doída...
Je rêve de vers doux mourant comme des roses.
Sonhei versos doces morrendo feito as rosas.
Albert Samain (1858-1900)
Ivan, o cocegador cocegante
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2 comentários:
cadê vc, ivan?
beso,
Ivan querido, preciso de ajuda (o que, por si só, já justificaria o querido, certo?)
Querido, preciso de uma tradução do "Ode to a
Nightingale" (1818), John Keats. A tradução de bar, regada a cerveja barata, eu já fiz, queria uma versão menos avant-guard que a minha. Você pode me indicar uma? E mandar uma por e-mail, querido?
muito grato, Tony.
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