Darkness falls across the land.
The midnight hour is close at hand.
Creatures crawl in search of blood
To terrorize y'all's neighborhood.
And whosoever shall be found
Without the soul for getting down
Must stand and face the hounds of hell
And rot inside a corpse's shell.
The foulest stench is in the air,
The funk of forty thousand years,
And grizzly ghouls from every tomb
Are closing in to seal your doom.
And though you fight to stay alive
Your body starts to shiver,
For no mere mortal can resist
The evil of the thriller!
As trevas caem por toda a parte.
Os ponteiros estão perto da meia-noite.
Criaturas rastejam em busca de sangue
Para aterrorizar toda a tua vizinhança.
E quem quer que ainda se ache em vida
Sem a alma necessária para a descida
Deve erguer-se diante dos cães do inferno
E apodrecer dentro dum invólucro eterno.
A forte fedentina vai se espalhando,
Um fedor acumulado em quarenta mil anos,
E de todas as criptas os espectros assassinos
Vêm se aproximando para selar o teu destino.
E apesar de ainda lutares por tua vida
Teu corpo trepida ao terror que o invade,
Pois nenhum mero mortal é capaz de resistir
À sinistra e funesta marca da maldade!
RAP:
Vincent Price
Ivan Justen Santana
segunda-feira, junho 29, 2009
domingo, junho 14, 2009
Aperitivo pro Bloomsday
(postagem dedicada a Renato Quege, irrestrito leitor de James Joyce)
O poema que apresento aqui foi escrito por James Joyce aos 20 anos de idade, durante sua primeira estadia em Paris, em 1902.
Joyce enviou-o a seu mais prezado amigo de faculdade, John Francis Byrne, em foto-postal, com o título:
Second Part – Openning which tells of the journeyings of the Soul
Segunda Parte – Abertura que fala das jornadas da Alma
Posteriormente o poema foi incluído em Chamber Music (Música de Câmara, 1907), livro de estreia de Joyce, contendo 36 poemas, sendo este o trigésimo-quinto da coleção:
All day I hear the noise of waters
__Making moan,
Sad as the sea-bird is when going
__Forth alone
He hears the winds cry to the waters´
__Monotone.
O dia todo ouço o murmúrio de águas
__Em lamento,
Triste assim como é a gaivota solitária
__Contra o vento
Ouvindo o mar chorando o seu monótono
__Movimento.
The grey winds, the cold winds are blowing
__Where I go.
I hear the noise of many waters
__Far below.
All day, all night, I hear them flowing
__To and fro.
Os ventos frios e cinzentos vêm uivando sobre
__Mim também.
Eu ouço o murmúrio de muitas águas
__Baixo, além.
O dia todo, a noite toda, eu ouço seu eterno
__Vai-e-vem.
James Joyce
Ivan Justen
O poema que apresento aqui foi escrito por James Joyce aos 20 anos de idade, durante sua primeira estadia em Paris, em 1902.
Joyce enviou-o a seu mais prezado amigo de faculdade, John Francis Byrne, em foto-postal, com o título:
Second Part – Openning which tells of the journeyings of the Soul
Segunda Parte – Abertura que fala das jornadas da Alma
Posteriormente o poema foi incluído em Chamber Music (Música de Câmara, 1907), livro de estreia de Joyce, contendo 36 poemas, sendo este o trigésimo-quinto da coleção:
All day I hear the noise of waters
__Making moan,
Sad as the sea-bird is when going
__Forth alone
He hears the winds cry to the waters´
__Monotone.
O dia todo ouço o murmúrio de águas
__Em lamento,
Triste assim como é a gaivota solitária
__Contra o vento
Ouvindo o mar chorando o seu monótono
__Movimento.
The grey winds, the cold winds are blowing
__Where I go.
I hear the noise of many waters
__Far below.
All day, all night, I hear them flowing
__To and fro.
Os ventos frios e cinzentos vêm uivando sobre
__Mim também.
Eu ouço o murmúrio de muitas águas
__Baixo, além.
O dia todo, a noite toda, eu ouço seu eterno
__Vai-e-vem.
James Joyce
Ivan Justen
terça-feira, junho 09, 2009
ORQUESTRO A QUEDA DOS MAESTROS
(título com rima semirroubada de n.)
Tropecei em três alephs
que vinham rolando escada abaixo:
esquecera as instruções: usar o pé e o pé!
Ali onde o jardim bifurca não me encaixo –
chamei o velhinho gigantesco de Mumunes
e ele ficou fu-fu-furioso...
Perguntei às ficções e às famas: undr em Uqbar?
mas Averróis já havia desaparecido
e nem sinal de Menard que traduzisse...
Pra cortar a maré amarelinha de azar,
cantei: "Meu cronópio é vermelho".
Fugindo dos labirintos pela autopista do sul
talvez chegasse a tempo de flagrar
no espelho do espelho do outro espelho
o último sorriso do terceiro tigre azul...
Tropecei em três alephs
que vinham rolando escada abaixo:
esquecera as instruções: usar o pé e o pé!
Ali onde o jardim bifurca não me encaixo –
chamei o velhinho gigantesco de Mumunes
e ele ficou fu-fu-furioso...
Perguntei às ficções e às famas: undr em Uqbar?
mas Averróis já havia desaparecido
e nem sinal de Menard que traduzisse...
Pra cortar a maré amarelinha de azar,
cantei: "Meu cronópio é vermelho".
Fugindo dos labirintos pela autopista do sul
talvez chegasse a tempo de flagrar
no espelho do espelho do outro espelho
o último sorriso do terceiro tigre azul...
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