terça-feira, julho 31, 2012

Um coyote uivando faz dez anos: vamos?


O número 24 da revista Coyote, editada de Londrina às galáxias por Ademir Assunção, Marcos Losnak, e Rodrigo Garcia Lopes, celebra o aniversário de dez anos da publicação.

O lançamento nacional será aqui em Curitiba, neste Sábado, dia 4 de Agosto, no SESC-Paço da Liberdade, a partir das 11h, com entrada franca.

Este que vos escreve saiu no número 21, do inverno de 2010.

O Rodrigo deve trazer números deste número também, portanto, para quem quiser aparecer, eu estarei lá e posso autografar minha estreia numa das mais longevas publicações poéticas nacionais de alto gabarito...

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domingo, julho 29, 2012

SE CLIN TON [or: IF CLIN TON =]

Se Clinton inalou e disse:
[and I quote:] "fumei mas não traguei"
eu por mim fujo dessa tolice
mas também confesso: fumo mas não trago.
Levar e trazer é uma coisa meio gay
e [excuse me] me trinca os bago.
Isso talvez até me levasse a compor
um Noturno de um Mago.

Porém: e se George Clinton Jorge Benjor?
E se Carla Bruni Maurice Bèjar?
E se eu soubesse pauta e entendesse de cor,
recitaria de cor e salteado [sendo assaltado]
tudo que em você é melhor e maior
do que qualquer mar,
qualquer mármore
qualquer vagau amor...

Esse poema se estragou, mas vai ficar aqui até postagem em contrário, ou indefinidamente.

Pedimos desculpas aos nossos leitores e leitoras: nem sempre se pode ser um poeta consequente

sexta-feira, julho 27, 2012

SEM PRE

sempre pensando em você
sempre querendo te ver
pensando e querendo
e querendo e pensando
num tema: não tema: você

hoje me senti perdido:
hoje perdido sem ti

mas sempre sempre
pensando em você
me encontrei comigo
e fomos te ver na tela do PC

você sempre me acompanha
e até me faz escrever
diferente do que nunca
diferente em muita manha
diferente até de ler

porque estou sempre pensando
[e você sabe] em você

ijs
to
ffr

=]

terça-feira, julho 24, 2012

MAIS FAMILIARMENTE

"Ele não sabe quem eu sou"
disse ela em voz de dó--
e eu pensei se a alma assou
no enquanto do quiproquó--

enquanto conto contente
como desfazer tal nó:
as ligações obviamente
perigosas são, mesmo só

e não seria tão pungente
se outro diverso fosse o dó--
o dó da voz da mãe da gente--
o dó do bem da minha vó.


Ivan: neto, filho, irmão, tio, pai, sobrinho, amigo, e às vezes até poeta...

segunda-feira, julho 23, 2012

BEBENDO DE MANHÃ

Nossa vida não disputa
__Bebendo de manhã

Uma flor nunca se assusta
__Nas calhas do amanhã

Poetas são araruta
__Ou não me chamo Ivan

E hoje o dia se fez fruta
__Feito o amor se faz romã


Ivan Justen Santana
Ricardo "Syd" Janiszweski

terça-feira, julho 17, 2012

VOCÊ PRECISA

Você precisa me tocar
Qual instrumento musical:

Você precisa ser a fã
De um enamorado total:

Você precisa ser a terra
E eu seu enosigeu* mortal --

Você não precisa mais nada:
Uma pequena dose: e tchau.

IJS

* Enosigeu, epíteto do deus Netuno [Poseidon:], de enosíkhton, "abarcador da terra"
[fonte: HOMERO, Odisseia. Tradução de Manuel Odorico Mendes; edição de Antonio Medina Rodrigues. -- São Paulo: Ars Poetica / Edusp, 1992. p. 67. n. 62.]

terça-feira, julho 10, 2012

PORQUE VOCÊ SABE

você sabe que
eu sei que
você sabe que eu
sei que você sabe
que eu sei que você
sabe que eu sei que
você sabe que eu sei
que você sabe
que sabe

ijs

[to

ffr

:]

UM DIA ACHEI QUE TINHA ACHADO

Um dia achei que tinha achado a mulher perfeita:
engano meu, pois só depois achei você.

Um dia achei que tinha achado um amor que aceita:
engano meu, e só você sabe por que.

[de ijs para ffr, a vinte e cinco dias...]

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segunda-feira, julho 02, 2012

VINHO DAS FADAS

Estou bêbado do vinho de mel
Da eglantina que a lua deu no céu,
E que as fadas embalam em florpotes.
O arganaz, a toupeira, e os morcegos
Dormem nos muros ou sob o dossel
Do quintal do castelo meio ao léu;
E quando ele encharca a terra, ao verão,
Ou torna os orvalhos mais vaporosos,
Com sonhos cheios de alegre irrisão
Eles murmuram seu gozo em sono; pois
Poucas fadas podem com potes tão novos!

Percy Bysshe Shelley
Ivan Justen Santana

[WINE OF THE FAIRIES]

A LUA: UMA FALENA

A lua desceu hoje na janela
aqui de casa. Tinha um halo: um "moonbow"
[que é quando a gente vê um arco-íris nela,
ou melhor, em volta dela]. Acabou
cedo demais aquele belo show...

A lua desceu hoje na janela
que é quando a gente vê um arco-íris nela
e é verdade mesmo que já acabou.

Mas aquela palavra, aquele nome
não era o de uma borboleta: letra
a mais faz muita diferença--- E sí-

laba a menos, então?! Até fome some.
E o poema enfeia. Perto dela. Aqui.
---cedo demais!---aquele belo show...

A lua desceu hoje na janela.
A lua parecia uma falena.
Sim... Falena: borboleta tão bela.
Mas até mesmo a lua e a borboleta
ficariam feias perto dela.

O:) O:)