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aja hoje
antes que
ontem haja
Ivan Justen Santana
Marçal Justen Neto
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terça-feira, janeiro 29, 2013
quinta-feira, janeiro 24, 2013
"Temos que estudar Dylan e noite!" [eu, ontem à noite...]
ROMANCE EM DURANGO
(Romance in Durango -- Bob Dylan -- vb: IJS)
Pimenta vermelha no sol de torrar
Poeira na minha cara e na capa
Eu e Madalena fugindo pra lá
Acho que dessa a gente escapa
Vendi o violão pro filho do padeiro
Por umas migalhas e um mocó
Mas já arranjo outro instrumento
E na estrada pra ela eu toco
No llores, mi querida
Dios nos vigila
O cavalo logo nos leva a Durango
Agarrame, mi vida
Logo o deserto vai acabar
Logo você vai dançar o fandango
Passando a ruína asteca e nossos fantasmas
Cascos feito castanholas batendo no tom
À noite eu sonho sinos pelas torres pasmas
E então vejo o rosto em sangue de Ramón
Fui eu quem atirou nele na cantina?
Foi minha mão na arma a disparar
Vamos lá fugir, minha Madalena
Os cães ladram e o passado morto está
No llores, mi querida
Dios nos vigila
O cavalo logo nos leva a Durango
Agarrame, mi vida
Logo o deserto vai acabar
Logo você vai dançar o fandango
Numa tourada sentaremos à sombra
Veremos o jovem toureiro por lá, só
Beberemos tequila onde os nossos avós
Trilharam com Pancho Villa até Torreón
O padre recitará em seu velho tomo
Naquela igrejinha lá daquele bairro
Eu com botas novas e brinco de ouro
Você com diamantes no vestido branco
O caminho é longo mas o fim é ali
A fiesta até já começa bem animada
A face de Deus já surgiu, eu vi
Com seus olhos de serpente de obsidiana
No llores, mi querida
Dios nos vigila
O cavalo logo nos levará a Durango
Agarrame, mi vida
Logo o deserto acabará
Logo você dançará o fandango
Foi um trovão esse som que eu ouvi?
Minha cabeça vibra e só dói se eu respiro
Não diga mais nada e sente aqui
Pelo jeito é meu fim, tomei um tiro
Madalena, rápido, pegue a arma
Veja nas colinas aquele reflexo
Mire direitinho, minha pequena alma
Desta noite não passamos, pelo jeito
No llores, mi querida
Dios nos vigila
O cavalo logo nos leva a Durango
Agarrame, mi vida
Logo o deserto vai acabar
Logo você vai dançar o fandango
...
(Romance in Durango -- Bob Dylan -- vb: IJS)
Pimenta vermelha no sol de torrar
Poeira na minha cara e na capa
Eu e Madalena fugindo pra lá
Acho que dessa a gente escapa
Vendi o violão pro filho do padeiro
Por umas migalhas e um mocó
Mas já arranjo outro instrumento
E na estrada pra ela eu toco
No llores, mi querida
Dios nos vigila
O cavalo logo nos leva a Durango
Agarrame, mi vida
Logo o deserto vai acabar
Logo você vai dançar o fandango
Passando a ruína asteca e nossos fantasmas
Cascos feito castanholas batendo no tom
À noite eu sonho sinos pelas torres pasmas
E então vejo o rosto em sangue de Ramón
Fui eu quem atirou nele na cantina?
Foi minha mão na arma a disparar
Vamos lá fugir, minha Madalena
Os cães ladram e o passado morto está
No llores, mi querida
Dios nos vigila
O cavalo logo nos leva a Durango
Agarrame, mi vida
Logo o deserto vai acabar
Logo você vai dançar o fandango
Numa tourada sentaremos à sombra
Veremos o jovem toureiro por lá, só
Beberemos tequila onde os nossos avós
Trilharam com Pancho Villa até Torreón
O padre recitará em seu velho tomo
Naquela igrejinha lá daquele bairro
Eu com botas novas e brinco de ouro
Você com diamantes no vestido branco
O caminho é longo mas o fim é ali
A fiesta até já começa bem animada
A face de Deus já surgiu, eu vi
Com seus olhos de serpente de obsidiana
No llores, mi querida
Dios nos vigila
O cavalo logo nos levará a Durango
Agarrame, mi vida
Logo o deserto acabará
Logo você dançará o fandango
Foi um trovão esse som que eu ouvi?
Minha cabeça vibra e só dói se eu respiro
Não diga mais nada e sente aqui
Pelo jeito é meu fim, tomei um tiro
Madalena, rápido, pegue a arma
Veja nas colinas aquele reflexo
Mire direitinho, minha pequena alma
Desta noite não passamos, pelo jeito
No llores, mi querida
Dios nos vigila
O cavalo logo nos leva a Durango
Agarrame, mi vida
Logo o deserto vai acabar
Logo você vai dançar o fandango
quarta-feira, janeiro 16, 2013
SEM PEN SARNA
sem pensar na mosca morta
nessa dor que nos dilata
sem o sol que a sombra entorta
nessa flor dentro da mata
sempre sarna tosca e torta
nessa dor que nos dilata
sempre a carne fraca corta
nessa flor dentro da mata
no calor que a pata enxota
sem som sem sal sem birita
sensei e não estagirita
pata peta pita pota
...
nessa dor que nos dilata
sem o sol que a sombra entorta
nessa flor dentro da mata
sempre sarna tosca e torta
nessa dor que nos dilata
sempre a carne fraca corta
nessa flor dentro da mata
no calor que a pata enxota
sem som sem sal sem birita
sensei e não estagirita
pata peta pita pota
...
sexta-feira, janeiro 11, 2013
A MEMÓRIA DO MESTRE
*
conta mais o que não esquece--
senta que nem vem a história:
rima fácil, cachorra, o B desce
e foge o A do auge da glória--
sim, a memória do mestre
conhece o de dentro e ode fora
transtorna equestre em pedestre
e em costa sua cabecinha chora
tudo isso causa o avesso do
gosto escasso de um seu discípulo
o qual ousa do gênese ao êxodo
mas no final esquece o título
*
conta mais o que não esquece--
senta que nem vem a história:
rima fácil, cachorra, o B desce
e foge o A do auge da glória--
sim, a memória do mestre
conhece o de dentro e ode fora
transtorna equestre em pedestre
e em costa sua cabecinha chora
tudo isso causa o avesso do
gosto escasso de um seu discípulo
o qual ousa do gênese ao êxodo
mas no final esquece o título
*
quinta-feira, janeiro 03, 2013
AS QUATRO FACES DO ESGAR
*
Na tradução o sangue engrossa o caldo.
Na tradução o sangue engrossa o caldo.
No
pensamento a mente se dilata.
Na
sorte a concepção repete o mal do
Milênio
e por azar a vida é ingrata.
O
sangue refluindo esgota o saldo.
A
mente rutilando pede a pata.
A concepção
ainda é bela e, baldo,
O afã
da vida pega, come e mata.
Nem
tudo se vincula ao nada em tudo.
Nem
todo carnaval me é tudo ou nada.
Até
um pateta um dia atenta entrudo.
Se
passa ou se não passa uma de cada
Vez,
eis citadas as faces do esgar:
Tradução.
Pensamento. Sorte. Azar.
* * * *
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