sexta-feira, março 18, 2016
Atendendo a pedido do meu camarada Rodrigo Barros Homem Del Rei, aqui está um poema publicado hoje por Rodolfo Jaruga, e que simboliza minha participação direta na manifestação de hoje:
POR QUE MARCHAREI - 18 de Março de 2016
vou dizer agora por que hoje às 18 horas
vou levantar meus punhos
e entoar a minha voz
não defendo este governo, híbrido e bastardo,
que não é filho do povo
nem é pai do novo,
e que serve a dois senhores
não defendo os governantes e governantas
que fizeram muito e fizeram tantas
que enriqueceram bancos
como nunca dantes
mas
defendo e defenderei o estado
que somos todos nós
a lei
que é nosso algoz mas também
o nosso escudo
e esta justiça
que é uma velha cega e conservadora
mas é o que nós temos por agora
defendo e defenderei
o poder popular
os movimentos sociais
a resistência ao liberalismo
a resistência à destruição do estado
defendo e defenderei
a união da esquerda
a democratização dos meios de comunicação
a universalização da educação
o surgimento do novo
uma revolução política
e mesmo correndo o risco
de por tabela defender um governo caquético
de um partido caquético
de líderes caquéticos
e mesmo correndo o risco
de parecer ingênuo
não ficarei aqui de braços cruzados
vou levantar meus punhos
e entoar meu canto
em defesa da democracia,
esta deusa sem rosto,
em defesa de um estado,
que é o espelho de nós todos
vou sim à praça santos andrade,
na república popular de curitiba,
celebrar a festa da democracia
e resistir
resistir
e resistir
sem perder a ternura
Rodolfo Jaruga
sábado, março 05, 2016
ALMA FERIDA
(João da Cruz e Sousa)
Alma ferida pelas negras lanças
Da Desgraça, ferida do Destino,
Alma, de que a amargura tece o hino
Sombrio das cruéis desesperanças,
Não desças, Alma feita das heranças
Da Dor, não desças do teu céu divino.
Cintila como o espelho cristalino
Das sagradas, serenas esperanças.
Mesmo na Dor espera com clemência
E sobe à sideral resplandecência,
Longe de um mundo que só tem peçonha.
Das ruínas de tudo ergue-te pura
E eternamente, na suprema altura,
Suspira, sofre, cisma, sente, sonha!
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Alma ferida pelas negras lanças
Da Desgraça, ferida do Destino,
Alma, de que a amargura tece o hino
Sombrio das cruéis desesperanças,
Não desças, Alma feita das heranças
Da Dor, não desças do teu céu divino.
Cintila como o espelho cristalino
Das sagradas, serenas esperanças.
Mesmo na Dor espera com clemência
E sobe à sideral resplandecência,
Longe de um mundo que só tem peçonha.
Das ruínas de tudo ergue-te pura
E eternamente, na suprema altura,
Suspira, sofre, cisma, sente, sonha!
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