sábado, agosto 13, 2005

OS NUNCAS. ESSES NUNCAS QUE SÃO NADA

Os nuncas. Esses nuncas que são nada,
Nadas de vida, nadas de alegria,
São nuncas a bradar a boca fria
Do tempo nunca em sempre disparada.

Nunca o teu beijo. Nunca será dada
A glória do teu ventre. Nunca o dia
De uma só noite nunca terminada
De amar-te como nunca. Dor vazia

Do passado, meu nunca. E do presente
O sempre nunca me apunhala; e à frente
Um futuro de nuncas que se junca;

E do clamor de sempre, nunca eterno,
Primavera, verão, outono, inverno,
Tu, sempre minha, tu, que és minha nunca!

Guilherme Figueiredo

Um comentário:

Chris disse...

achei bacana suas sugestões.
acho que me preocupo pouco com a forma. isso tem sido uma meta de reversão[ainda que impraticada.]
abraço pra vc!