Encontra William Blake em pele de tigre:
A este a pelugem empresta um ar de estorvo
E àquele a plumagem negra não denigre.
Assim figurei-os na imaginação
E um, só por ter visto o outro, se embeveceu
Pois ambos pensaram, cheios de razão:
“Meu poema-bicho é mais animal que o seu!”
8 comentários:
muito bom IIIVVVAAANNNnnn...
eu acho o meu Blake bicho, mais animal q o seu ;)
G.
Nossa, nunca tinha reparado. O POEta é a cara do Tadeu!
Meu poema, bicho, é mais animal que o teu!
:P
n.
digo,
THadeu! Oras!
n.
Nara:
sua interpretação do último verso foi uma das leituras que imaginei que fariam, pois especialmente Blake é um tipo de hippie... Eu o imagino facilmente falando: "bicho, o caminho do excesso leva ao palácio da sabedoria, morou?"
Mas entre "teu" e "seu", nesse verso prefiro "seu", pelo parnasiano motivo da consoante de apoio na rima ("embeveceu" com "seu" é o que se pode chamar de rima opulenta) -
e Thadeu é com teagá mesmo...
que tal um poema-pavão,ivanzito? ou dava pra colocar os artistas numa espécie de zoologia: aqui nós temos as araras bêbadas e as baratas com caspa na sobrancelha.
ho!ho!ho!ho! - como diria um persoangem do sérgio santanna, o gorila tem sempre razão.
e pega esta, ó homem, rei dos animais:
O MACACO
Me atravessa
com a odontologia
do seu riso largo.
(Revelação? Cúmplice
no passado?
Carteira de identidade?)
Eu fiquei imaginando o Borges entrando nesta conversa reinvidicando o tigre e ainda dizendo que o Poe e o Blake eram invenções suas, rs.
Puxa,
essa tua minúcia é pura astúcia!
Ivandisseu
n.
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