segunda-feira, novembro 01, 2010

Aquela esquina não quebrava em linha reta

*
Aquela esquina não quebrava em linha reta.
Sonhei-me ontem à noite escrevendo isso assim
E não, talvez não fosse um isso escrito assim
Num ritmo alexandrinamente anacorético,
Diurético, dispéptico, sinapsilírico,
Simétrico e obstétrico ou somente tétrico,
Sem absorventes íntimos que antipetendam
Seus fluxos sanguíneos de línguas, mínguas, ínguas,
Salivações intensas, perdigotos não-
-Intencionais e os outros mais quetais finais.
Não era nada disso. Tinha nem sumiço.
Nenhuma vez. Esquecida assim que incompleta.
Termina onde começa e se repete nisso.
Aquela esquina não quebrava em linha reta.

*

3 comentários:

Anônimo disse...

desde antes de coleridge, morfeu por vezes sopra aos ouvidos o que o próprio poeta recebe da musa, só para vir ao mundo dos vigilantes de forma tão obtusa!

ricardo pozzo

tecatatau disse...

até que enfim, eu já estava cansado daquela papagaiada anterior. depois fala de mim.

tecatatau disse...
Este comentário foi removido pelo autor.