segunda-feira, fevereiro 21, 2011

ERA UMA VEZ TU DULCINEIA

A Gianna Nadolny Roland
Quis que fosses Dulcineia,
Dulcineia del Toboso –
eu Quixote a ti servia
triste e magro mas garboso,
tu no palco eu na plateia,
eu elástico e tu meia,
fada tu e eu fabuloso.

Quis que fosses Dulcineia,
Dulcineia del Toboso –
eu Ulisses tu sereia,
eu galã tu Galateia,
tu medula eu sendo ideia
euforia tu meu gozo.

Ou que tal se ambos nós fôssemos o
duo Vanguarda na Veia:
tu–a prosa e eu–o proso?
Ou tu fosses Tutameia
e eu um Guimarães erroso?

Quis que fosses Dulcineia,
Dulcineia del Toboso,
porém sempre és muita areia
pro meu cami’ãozinho-Bozo.

3 comentários:

Gabriel Rachwal disse...

saboroso, saboroso. gradecido.

Anônimo disse...

Mas que belo poema exuberante, meu poetinha favorito!

Beijos,

Gianna

Wagner Schadeck disse...

Com a naturalidade da redondilha e da força da expressão, de modo algum forçada, este poema ficou excelente, Ivan.

Abraço,

Wagner