domingo, novembro 06, 2011

Relato Pessoal da Virada Cultural em Curitiba 2011

Recordo em primeiro lugar que o prolongamento da Virada, a Corrente Cultural, segue até o próximo sábado, e estarei no Cabaret Parangolé, no café de mesmo nome, nas noites de 10/11 (quinta-feira) e 12/11 (sábado), estreando meu recital poético Inédito & Blogado.

A Virada Cultural foi estapafúrdia: no sentido de "acachapante, irrefragável, colossal e supimpa".

Um mundo de eventos.

De início, participei diretamente (como poeta convidado) no Panelaço, em sua segunda edição. A primeira foi em homenagem a Ivo Rodrigues. Esta celebrou o poeta curitibano Marcos Prado (1961-1996), tendo as participações poéticas de Roberto Prado, Batista de Pilar, Thadeu Wojciechowski, Monica Berger, Edilson Del Grossi, e este seu criado blogueiro. Fiz também a "amestragem de cerimônias", apresentando além dos poetas as bandas (Os Elementos, Bardot em Coma, Crocodilla, Os Chuvas, A Sexta Geração da Família Palim, bem como Diego Medina).

Fiquei das 12h às 18h no teatro do SESC da Esquina. Os poetas tiveram por volta de 15 minutos para suas récitas. As bandas, 35 minutos. Eu poderia escrever um conto (ou até uma novela) sobre essa tarde. Foram apresentações de altíssima qualidade. Sendo eu suspeito para julgar, quero que se foda quem achar que estou sendo arrogante: na verdade, o único senão foi a presença de público, numericamente falando - mas qualitativamente a minoria que esteve por lá foi uma minoria esmagadora.

Depois, fui ao palco das Ruínas de São Francisco. A Banda Mais Bonita da Cidade estava lavando a alma dos compositores curitibanos. Munido de credencial, assisti a boa parte do show literalmente no backstage: a parte de trás do palco. Ali estavam Alexandre França, Luiz Felipe Leprevost e Troy Rossilho. Consagração deles, destacados pela adorável Uyara Torrente. Indescritível a emoção: aproximadamente dez mil pessoas vendo uma nova geração de artistas concentrados aqui em Curitiba sendo entronizados no panteão da cultura pop do momento.

A seguir, na companhia do grande poeta carioca Chacal, e daquele que eu qualifico "o Imperador da poesia curitibana": Adriano Smaniotto, subimos ao segundo andar da galeria de arte Um Lugar ao Sol, e participamos do RádioCaos ao vivo no palco das Ruínas, com as canções de Giovanni Caruso & o Escambau. Recitamos poemas a um grande público, mesmo tendo se dispersado a multidão que viu a Banda Mais Bonita.

Depois do show do Copacabana Club, novamente aconteceu o RádioCaos ao vivo, para um público ainda maior e mais participativo. O programa é produzido e apresentado pelo vocalista e aglutinador cultural Rodrigo Barros Homem Del Rey, junto com Samuel "Big Lips", que insere bases sonoras com grande sensibilidade para seu encaixe nos poemas. A segunda entrada do RádioCaos teve o impagável e genial compositor, músico e cantor curitibano Carlos Careqa, que dominou e pasmou o público. Nós três poetas (Chacal, Imperador Smaniotto e eu) acho que também não fizemos feio -- na verdade, ficou tudo registrado: quem viu, viu, quem não viu poderá conferir futuramente, se tiver sorte, os vídeos que a esposa e o filho de Samuel fizeram: momentos que agora estão na galeria de tesouros da minha memória. Sem abusar desse lugar comum. Assim foi, é e será.

Depois, a festa no Parangolé. Foi só a abertura do Cabaret, com o Klezmorim levando a audiência a êxtases de dança, palmas e gritos.

Hoje, show do grupo vocal Brasileirão, e Sá e Guarabyra. E o encerramento da Virada no Bicicletário. Um fim de semana real e mágico, absurdo e verdadeiro, simples e sublime.

* * *

Adiciono aqui três nomes de pessoas-chave para mim nesse fim de semana:

Getúlio Guerra

Rogéria Holtz

Edson de Vulcanis (torcemos pela sua recuperação, Aranha!)

e agradeço ao público, em especial a quem tem sorrido e se alegrado com os meus êxitos.

Saúdes!

* * *

8 comentários:

Anônimo disse...

Um texto bem bom de ler!

Cristina disse...

Concordo com vc!!! A melhor coisa da virada foi o Panelaço no sesc. E lamento pelo público q não foi! Eu fui e adorei! Isso sim é um evento cultural!
Cristina Gebran

Getulio Guerra disse...

coisa linda! a gente vai assimilando essas conquistas da alma aos poucos...

Anônimo disse...

mas o que tem o aranha afinal?

Anônimo disse...

como disse o ferreira , "nem parece Curitiba, .... este é um jeito curitibano de dizer que está cheio de orgulho"
Valeu Ivan, foi ótimo!!!

Samuel

Anônimo disse...

Ivan, isso mesmo: sorrio e me alegro com seus exitos, que sao muitos! continue disparando cultura, como a Virada!!
Regiane

Ivan disse...

Valeu, Tânia,
grato, Cristina,
é isso, Getulio,
força, Rubens,
obrigado, Samuel,
e continuarei sim, Regiane --

faço então, em seu nome, Regiane, e no da Zuleika Marge, um agradecimento a todo o pessoal da Fundação Cultural de Curitiba, por tudo que fizeram e seguem fazendo para viabilizar eventos como a Virada e a Corrente Cultural.

Anônimo disse...

parabèns, ivan.
vc merece!!
pena que nao estive por aí...

madeira.