De pleito aberto sangram os candidatos
___E as candidatas gemem.
As urnas, dentro os óvulos ingratos,
___Recebem os votos: sêmen.
Numa elegia a quem não se elegia,
___Transmudam-se de lado
Os marqueteiros de quem já dizia
___O rei está pelado.
Num último e desesperado apelo
___Propõe-se anulação.
Frágil sufrágio: pode-se empreendê-lo
___Porém prendê-lo não.
______IJS
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Brotado no estrume desse país, a única tesoura habilitada a podar o cogumelo da política ainda é a sátira.
Excelente poema, Ivan.
Postar um comentário