(texto original: Lord Byron ---
versão século XXI:
Ivan Justen Santana)
Não te assustes! Aqui estou, em copo e alma;
__O único crânio (sem remédio)
Do qual, diverso da mente humana,
__Flui tudo menos tédio.
Vivi, amei, bebi, tal como tu:
__Morri: que a terra não me tenha;
Enche-me!--- já estou mais que nu;
__Antes teus lábios que os da tênia.
Antes ser taça a um bom espumante
__Que berço a um verme enroladinho;
Correr de boca em boca, sempre avante,
__Esquivo aos répteis, levando vinho.
Aqui talvez brilhou meu cérebro:
__Agora aos outros brindarei
E após---ó vida!---voar meu gênio
__Trago comigo vinhos de rei.
Bebe tu enquanto podes: outra raça,
__Quando restarem só os teus ossos,
Talvez também os tome e faça
__De ti uma taça e versos insossos.
Então por que não? Se a vida é breve
__E os nossos crânios já estão cheios disso,
Longe de argilas e beijos de vermes,
__Cumpram também tal sacro ofício.
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2 comentários:
me distraí!
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