segunda-feira, junho 27, 2005
Abrindo agora o Catatau do Leminski feito um I-Ching:...
(...)Ida de noite e volta do dia, só penso em ti, quero me alistar: para cá, para lá, é só tu que voa. Em alguém tão longe como posso pensar tanto mas talvez assim foi o melhor: de perto ou lado a lado pensaria menos em quem ali estivesse, vista para ser, pensada não. Pensar me deixe que estou exatamente nesse teu ali e saber que não estás tão minha neste aquizinho. Eu: o último sabedouro, primeiro em pensar que não estamos indo bem ao encontro um do outro no nosso relacionamento. O mundo não deixe pensar que soubemos de tudo: doutrarte, o crivo de perguntas não nos deixaria prosseguir com a sorte que até aqui nos bafejou de fumos de vaidade, emboscadas tártaras, ataques de corsários, caixas pandóricas, precipitações pindáricas, paradoxos suspeitos, apatias peripatéticas e das inarredáveis prolixidades preliminares! Já que outra coisa não faço que penetrar a adiante dentro donde estás sendo pensada a fundo, saiba-me interesseiro em tudo que te diz: respeito! Caso contrário: que fazer quando em noite longa já pensei todos os teus teus, e começo a falar bobagem e o que é mais, sozinho! – como se já não bastasse o estado em que me tem a postos tempos e tempos. Fosse ímã e tu vontade férrea, meus pensamentos te trouxessem até a mim! (...) Manda que eu pense numa parte muito tua, mesmo íntima, e terei muito menos prazer em estrupá-la! (...)
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Um comentário:
Ei, encosta aqui e escuta a explosão no meu peito...
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