Tenho que blogar isso.
Afinal isso é um blog: supostamente deve ter um registro pessoal, no qual fulaninho (no caso eu) conta as peripécias de sua interessantíssima vida.
Como não é interessantíssima sempre, posto só os “melhores momentos”, quando ocorrem: mas chega de metablogagem.
Ultimamente venho agüentando ver meu time perder e calado.
Já perdemos as seis primeiras partidas neste campeonato brasileiro: no ano passado, em 46 rodadas, perdemos só oito vezes: fomos vice-campeões: o campeão foi o Santos.
Nesta noite fui até a Arena da Baixada ver Atlético x Santos, pela Taça Libertadores, o torneio mais importante deste hemisfério.
Que jogo monstro: no primeiro minuto, bola na trave: quase saímos na frente: mas quem saiu na frente foram eles.
O time do Santos joga muito rápido, tocando de primeira e saindo na correria: nosso time jogou no mesmo ritmo: na verdade, mais rápido ainda, porque logo ficamos com um a menos, expulso por derrubar várias vezes o novo pelézinho santista, o famigerado Robinho, que joga feito um foguete (quando quer, porque às vezes ele desanima e anda em campo: eu vi isso no fim do jogo):
tomamos o primeiro gol numa jogada que parecia câmera rápida: daí voltamos a pressionar e saiu nosso primeiro, um cabeceio quase de fora da área: e aí viramos o jogo num rebote que o goleiro deles deu depois de uma cobrança de falta: 2 x 1: aí, aos 43 do primeiro tempo, noutro lance veloz que deixou nossa zaga parada pedindo impedimento, eles fizeram 2 x 2.
Putz.
No intervalo, eu pensava: como é que vamos segurar os caras, jogando com um a menos? Era visível que o atacante Aluísio não tinha condições, e o técnico demorou pra substituí-lo: tomamos um sufoco, mas o inesperado aconteceu: fizemos 3 x 2, numa jogada rápida igual à que eles estavam tentando fazer (não é irônico? não é belo? não é, eu me arrisco mesmo a dizer: poético?) depois conseguimos resistir à pressão, heróica e dramaticamente: enfim: vencemos.
Voltaremos a nos encontrar com o Santos daqui a duas semanas, no dia 15 de junho, véspera do Bloomsday: olha só: uma referência literária pra finalizar, só pra quem acha que futebol não tem nada a ver com literatura: e agora vou abrir outra cerveja e saborear essa vitória rara.
Afinal, futebol, poesia e delírio são isso aí.
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