terça-feira, fevereiro 09, 2010

CARRASCO DE SI E DE MIM

Assim como depois do sol a tempestade
Encharca muito mais – feito ébrio que recai
E estraga o carnaval no abuso da vontade –
Assim degringolou o filho de meu pai.

Não sei quem fui que fez, só sei que sei de cor
A dor de me perder e ser quem mais não sou,
Pois meu saber foi mal, dos bons foi o pior
Se eu errei por querer e acertei no meu gol.

Seria necessário o sim virar um não
Ao beque tão mané que quebra o próprio pé,
Se achando algum herói – pagando de vilão:

Espectador basbaque, em fila atrás de si,
Repete lá e ali, repete a si e a ré
Como quem diz de novo: esse filme eu já vi.

5 comentários:

Ivan disse...

POEMA ACESSÓRIO EM EPÍGRAFE AO SONETO CARRASCO DE SI E DE MIM, SOBRE O PAPELÃO QUE FIZ NO FIM DESTE DOMINGO, APÓS O EXCELENTE CARNAVALZINHO CURITIBANO

Este ano a minha grande ilusão
foi mais que um dieguito se achar Pelé,
pois eu mesmo fui pra mim o joão
driblado por seu próprio Mané.

Giuliano Gimenez disse...

mas ivana,

o que você aprontou depois, hein.
isto é um ser totalmente um
bigo.

eu, hein.

Ivan disse...

sim, giulinha,
sou um bigo:
da mesquinha
vida minha
mais não digo,
por mais heins
que os nenéns
façam nheins.

Cláudio Bettega disse...

eu cá em meu corpo de urso
recebo programação do solar do rosário
provável me inscreva em seu curso
para descobrir algum dom literário

abraço.

polacodabarreirinha disse...

fênix para uma quarta-feira de cinzas

ab

thadeu