WHO GOES WITH FERGUS?
QUEM irá vagar com Fergus agora,
E perfurar do fundo bosque a sombra
Entrelaçada, e dançar sobre as praias?
Jovem, erga então sua fronte rubra,
E, donzela, erga as suas tenras pálpebras,
E sem medo olhem esperanças gaias.
WHO will go drive with Fergus now,
And pierce the deep wood's woven shade,
And dance upon the level shore?
Young man, lift up your russet brow,
And lift your tender eyelids, maid,
And brood on hopes and fear no more.
E não mais se debrucem a pensar
Sobre o amargo mistério do amor;
Pois Fergus guia ao bosque as sombras fundas,
E guia as carruagens brônzeas ao mar,
E os brancos seios do oceano interior
E todas as estrelas vagabundas.
And no more turn aside and brood
Upon love's bitter mystery;
For Fergus rules the brazen cars,
And rules the shadows of the wood,
And the white breast of the dim sea
And all dishevelled wandering stars.
Tradutor-Fergus: Ivan Justen Santana
William Butler Yeats
*
sábado, fevereiro 26, 2011
sexta-feira, fevereiro 25, 2011
BÊ-U: BU
A poesia é resistência:
— resistir é fútil.
A poesia é um inutensílio:
— inutensilhútil.
Rasga a túnica inconsútil:
— êne-á-é-í-ó-ú — til.
*
— resistir é fútil.
A poesia é um inutensílio:
— inutensilhútil.
Rasga a túnica inconsútil:
— êne-á-é-í-ó-ú — til.
*
terça-feira, fevereiro 22, 2011
CANSADO RECICLO
Minha terra tem aterros
onde enterram lixo lá.
As gralhas que cá gorjeiam
não são as do Paraná.
Não permitas mais que eu diga
necas de pitibiriba
senão não és Curitiba.
Nossas pernas são banguelas.
Nossos dentes são manetas.
Nossa gente é tão tão bela
por debaixo das canetas.
Nossa máscara quebrada
antecipa os nossos traços
nesses riscos nas arcadas.
Nas caladas dessas noites,
nossas campas têm mais covas,
nessas tampas tem mais sovas
e os chicotes, tão açoites,
com mil outras brincadeiras,
chispam fontes murmurantes,
jorram sangues de anteontem.
Mas antes que explodam bombas
combateremos às sombras.
*
onde enterram lixo lá.
As gralhas que cá gorjeiam
não são as do Paraná.
Não permitas mais que eu diga
necas de pitibiriba
senão não és Curitiba.
Nossas pernas são banguelas.
Nossos dentes são manetas.
Nossa gente é tão tão bela
por debaixo das canetas.
Nossa máscara quebrada
antecipa os nossos traços
nesses riscos nas arcadas.
Nas caladas dessas noites,
nossas campas têm mais covas,
nessas tampas tem mais sovas
e os chicotes, tão açoites,
com mil outras brincadeiras,
chispam fontes murmurantes,
jorram sangues de anteontem.
Mas antes que explodam bombas
combateremos às sombras.
*
segunda-feira, fevereiro 21, 2011
ERA UMA VEZ TU DULCINEIA
A Gianna Nadolny Roland
Quis que fosses Dulcineia,
Dulcineia del Toboso –
eu Quixote a ti servia
triste e magro mas garboso,
tu no palco eu na plateia,
eu elástico e tu meia,
fada tu e eu fabuloso.
Quis que fosses Dulcineia,
Dulcineia del Toboso –
eu Ulisses tu sereia,
eu galã tu Galateia,
tu medula eu sendo ideia
euforia tu meu gozo.
Ou que tal se ambos nós fôssemos o
duo Vanguarda na Veia:
tu–a prosa e eu–o proso?
Ou tu fosses Tutameia
e eu um Guimarães erroso?
Quis que fosses Dulcineia,
Dulcineia del Toboso,
porém sempre és muita areia
pro meu cami’ãozinho-Bozo.
Dulcineia del Toboso –
eu Quixote a ti servia
triste e magro mas garboso,
tu no palco eu na plateia,
eu elástico e tu meia,
fada tu e eu fabuloso.
Quis que fosses Dulcineia,
Dulcineia del Toboso –
eu Ulisses tu sereia,
eu galã tu Galateia,
tu medula eu sendo ideia
euforia tu meu gozo.
Ou que tal se ambos nós fôssemos o
duo Vanguarda na Veia:
tu–a prosa e eu–o proso?
Ou tu fosses Tutameia
e eu um Guimarães erroso?
Quis que fosses Dulcineia,
Dulcineia del Toboso,
porém sempre és muita areia
pro meu cami’ãozinho-Bozo.
sábado, fevereiro 19, 2011
A ÚLTIMA ROSA DO VERÃO
Eis a última rosa do verão
Deixada a desabrochar sozinha;
Todas suas adoráveis amigas
Feneceram no fim da estação;
Pétala alguma da sua espécie,
Botão nenhum a brotar por perto
Reflete o rubro que lhe aparece,
Repete ao suspiro o rumor certo.
“Eu não deixarei você sozinha
Secando em caule sem mais ninguém;
Co’as adoráveis adormecidas
Você já pode ir dormir também.”
Então gentil eu disperso assim
Pétalas rubras na cama morna
Onde as amigas lá do jardim
Jazem já mortas e sem aroma.
Tão logo eu possa, sigo seu rastro,
Quando amizades forem ao chão;
Do anel brilhante do Amor tão vasto
Os diamantes também se vão.
Quando murchar o peito distante
E seu dileto também se for,
Quem vai restar, último habitante
De um mundo escuro e desolador?
(THE LAST ROSE OF SUMMER)
Thomas Moore (1779-1852)
Ivan Justen Santana (1973- )
__
Não percam as fabulosas cantoras do Celtic Woman
interpretando esplendorosamente essa canção!
Cliquem aqui ou arrepender-se-ão mortalmente!
Deixada a desabrochar sozinha;
Todas suas adoráveis amigas
Feneceram no fim da estação;
Pétala alguma da sua espécie,
Botão nenhum a brotar por perto
Reflete o rubro que lhe aparece,
Repete ao suspiro o rumor certo.
“Eu não deixarei você sozinha
Secando em caule sem mais ninguém;
Co’as adoráveis adormecidas
Você já pode ir dormir também.”
Então gentil eu disperso assim
Pétalas rubras na cama morna
Onde as amigas lá do jardim
Jazem já mortas e sem aroma.
Tão logo eu possa, sigo seu rastro,
Quando amizades forem ao chão;
Do anel brilhante do Amor tão vasto
Os diamantes também se vão.
Quando murchar o peito distante
E seu dileto também se for,
Quem vai restar, último habitante
De um mundo escuro e desolador?
(THE LAST ROSE OF SUMMER)
Thomas Moore (1779-1852)
Ivan Justen Santana (1973- )
__
Não percam as fabulosas cantoras do Celtic Woman
interpretando esplendorosamente essa canção!
Cliquem aqui ou arrepender-se-ão mortalmente!
quinta-feira, fevereiro 17, 2011
PARA FAZER O SEU MELHOR POEMA
Para fazer o seu melhor poema
você tem que entender os fluxos do floema
e tem que saber que mesmo não estando ali
a rima
sempre estará presente
mesmo quando o tempo fechar.
Para fazer o seu melhor poema
você tem que estender os luxos de um esquema
e tem que refazer a estrofe anterior aqui
acima
do que quem lê pressente
mesmo quando isso não funcionar.
Para fazer o seu melhor poema
esqueça as suas bruxas mesmo que uma gema
e dobre a língua e a linguagem sim em si
na lima
da frase que jamais se apresente
mesmo quando se quer modelar.
*
você tem que entender os fluxos do floema
e tem que saber que mesmo não estando ali
a rima
sempre estará presente
mesmo quando o tempo fechar.
Para fazer o seu melhor poema
você tem que estender os luxos de um esquema
e tem que refazer a estrofe anterior aqui
acima
do que quem lê pressente
mesmo quando isso não funcionar.
Para fazer o seu melhor poema
esqueça as suas bruxas mesmo que uma gema
e dobre a língua e a linguagem sim em si
na lima
da frase que jamais se apresente
mesmo quando se quer modelar.
*
terça-feira, fevereiro 15, 2011
CONJUGAÇÃO IMPROMPTUCURITIBADA
(à noite de hoje no Wonka Bar)
Esta noite eu vou Curitibar...
Tem quanto tempo que tu não Curitibarcas?
Ele me Curitibarrou ante ontens de ontem.
Deontologia é nós na fita a Curitibarbarizar?
Vossas vozes, vós não as Curitibarbacaçastes?
Elas Curitibarquilham e nem estrilham.
(Conforme o acima exposto em carne viva,
o futuro pós-posto do pretérito subjuntivo
desculhambativo sempre me confunjuntiva.)
*
Esta noite eu vou Curitibar...
Tem quanto tempo que tu não Curitibarcas?
Ele me Curitibarrou ante ontens de ontem.
Deontologia é nós na fita a Curitibarbarizar?
Vossas vozes, vós não as Curitibarbacaçastes?
Elas Curitibarquilham e nem estrilham.
(Conforme o acima exposto em carne viva,
o futuro pós-posto do pretérito subjuntivo
desculhambativo sempre me confunjuntiva.)
*
segunda-feira, fevereiro 14, 2011
DECIFRAÇÃO DE PALAVRAS MÁGICAS
(um ovilhejo dedicado ao Rodrigo Madeira)
Saia de ou volte pra casa?
ASA
Pista falsa: Virna Lisi?
NISI
Com ou sem olhos em Gaza?
MASA
Quarteirão que não se arrasa.
Felinura assim refaz a
Fé de rico em tábua rasa:
Rabisca ASA NISI MASA
*
Saia de ou volte pra casa?
ASA
Pista falsa: Virna Lisi?
NISI
Com ou sem olhos em Gaza?
MASA
Quarteirão que não se arrasa.
Felinura assim refaz a
Fé de rico em tábua rasa:
Rabisca ASA NISI MASA
*
domingo, fevereiro 13, 2011
SETE ANOS NA INTERNET
Sete anos de poeta Ivan blogava
Em surto talvez filho da poesia;
Mas não blogava ao surto: traduzia
A frígida poesia que o tentava.
Palavras a esperar uma palavra
Fazia, suportando-lhes a azia;
Porém o surto, achando a vaca fria,
Em lugar de inspirá-lo, o escalavra.
Vendo assim triste Ivan que aos desenganos
Não lhes foi negada porra nenhuma
Como sem nem ter que aturar o surto,
Começa de blogar outros sete anos,
Postando: mais eu blogaria em suma
Desta arte tão comprida horror tão curto.
*
Em surto talvez filho da poesia;
Mas não blogava ao surto: traduzia
A frígida poesia que o tentava.
Palavras a esperar uma palavra
Fazia, suportando-lhes a azia;
Porém o surto, achando a vaca fria,
Em lugar de inspirá-lo, o escalavra.
Vendo assim triste Ivan que aos desenganos
Não lhes foi negada porra nenhuma
Como sem nem ter que aturar o surto,
Começa de blogar outros sete anos,
Postando: mais eu blogaria em suma
Desta arte tão comprida horror tão curto.
*
terça-feira, fevereiro 08, 2011
Curitiba se transforma em Los Angeles (and vice-versa)
O negócio é assim: Octavio Camargo está em L.A. (Los Angeles, California), num lance de integração de artistas/poetas daqui de Curitiba com os de lá (ou melhor, os de L.A., hehe).
Mais detalhes, no Samecity´s Blog.
Aí o Octavio me desafiou a verter ao inglês o poema de duas postagens atrás, que faz referência a figuras-chave da cena poética curitibana atual.
Desafio prontamente aceito, produzi a seguinte versão (que vos apresento intercalestrofada ao original, conforme sempre faço, para vosso gáudio e cotejo).
Octavio apresenta-la-á em palestra (lecture), amanhã (quarta-feira, wednesday), às 19h (horário de Los Angeles - Pacific Time) - (em Brasília: 0h de quinta-feira), na sala Braun (Braun Room) da Main Library (Biblioteca Principal) do Occidental College.
Cliquem aqui e deem só uma olhada no gabarito dessa faculdade de artes norte-americana, a mais tradicional da Costa Oeste dos Estados Unidos...
E aí vejam o que será lido por lá, tomorrow (and tomorrow and tomorrow...)...
À ALTA CLASSE CULTURAL CURITIBANA
Ivan Justen Santana
TO THE HIGH-CLASSED CULTURED FROM CURITIBA
(Translated by the author)
Quem vai a toda parte,
vai a Alexandria e à França,
vaiaria as grandes artes
(música, letra e dança)
do Alexandre França?
One who travels the world (all its parts),
who travels to Alexandria and to France,
would he or she hiss at the great arts
(songs, plays and dances)
of Alexandre França?
E quem destrói de novo as Tróias
mas já foi a um de noivos cursilho
desconstruiria as canções do Troy Rossilho?
And one who destroys all Troys and Ylions
but who bends and knees to his received religion,
would he deconstruct the songs of Troy Rossilho?
E quem não se alivia e não espanta o tédio
ouvindo Lívia e os Piá de Prédio?
And who is not relieved and away from boredom
by listening to Lívia e os Piá de Prédio?
(Lívia and the Boys in the Condo)
Sei que aquela criatura
que não escanhoa a barba
nem bebe um mate amargo (feito eu)
agadanhará o CD-livro Língua Madura
de Octavio Camargo, Bárbara & Thadeu.
I know for a fact that he who shaves correctly
and doesn’t drink a sour mate [´Ma:te] (a kind of tea)
like me he will buy the Book-CD Língua Madura
(Mature Tongue), from Octavio Camargo,
Bárbara & Thadeu (The Polack from Barreirinha!)
Então não me xingues nem te vingues
e nunca tentes me dar de talho
se eu leio os versos do Mario Domingues
e as lascas do Ricardo Schmitt Carvalho,
e não pense que é lasqueira
se eu tolero e curto as duchas do Ricardo Corona,
e envernizo os livros do Rodrigo Madeira,
bem como os do Adriano Smaniotto
e os do Edson Falcão –
um é imperador, sem ser escroto,
e o outro, filósofo, fez sua lição –
todos estes sabemos o quanto é fabuloso
ler trabalhos críticos e poéticos do Adalberto
Müller e do Maurício Mendonça Cardozo,
os quais não seriam o que são hoje
não fossem mestres da altura de Marcelo Sandmann,
Benito, Bueno, Tezza, Venturelli, Winck,
e outros doutos doutores da UFPR...
So do not plan revenge nor send me curses
and never dare attack me with your tallyho
if I read from Mario Domingues his verses
and also those from Ricardo Schmitt Carvalho,
and do not think it is my madness, minha pira [´mi: ɲa ´pi: rə]
if I tolerate and dig the poems from Ricardo Corona,
and if I varnish the books from Rodrigo [Wood] Madeira,
as well as those from Adriano Smaniotto
and from Edson Falcão – (Falcon Edson!)
the former is an emperor without being a scrottum,
and the latter, a philosopher, knows his lesson –
those like us we all can say how fabulous it is
to read the critic and poetic works from Adalberto
Müller and from Maurício Mendonça Cardozo,
who would not be what they are today
were it not because of masters like Marcelo Sandmann,
Benito, Bueno, Tezza, Venturelli, Winck,
and other wise professors from UFPR
(the Federal University of Paraná)…
– Tá legal, Ivan: encerre!
– Alright, Ivan: time to settle down… – Ha!
Sim, encerro antes do fim,
pois a poesia também desabrocha
em meninas assim
como Sabrina, Lu, Nara e Lindsey Rocha,
sem esquecer Bárbara Lia, Marilia Kubota,
Monica Berger e, sim,
a não menos que magnífica Luci Collin.
Yes, I’ll settle down before the end,
since poetry also blooms from
girls like these (poets, I’d say:)
Sabrina, Lu, Nara and Lindsey,
last but not least Bárbara Lia, Marilia Kubota,
Monica Berger and, yes (with a grin!)
the no less than magnificent Luci Collin.
Pois bem: e já que não tens verruga,
dize-me – já que és bambambam –
já leste os poemas de Rodolfo Jaruga,
de Paulo Bearzoti e de Jaques Brand?
Indeed: and since you have no warts (and kick no rugger)
tell me – since you’re whambam (and play the grand) –
ever read the poems from Rodolfo Jaruga,
from Paulo Bearzoti and from Jaques Brand?
Entretanto, e portanto, finalizando
antes que pensem que o cordão dos
puxa-sacos aqui estou cada vez mais
aumentando, o encerramento eis que aí vai
em estilotanka de Pai-Mei-Hai-Kai:
However, and therefore, in conclusion,
before one thinks I’m a great addition to
the team of The Arsekissers (who increase by
numbers), I’ll finish this by saying hi!
in the tankastyle of a Pai-Mei Hai-Ku-Do-Kai:
quem Leminski
– Alice, Paulo, Estrela –
também Leprevost
one who reads and plays Paulo Leminski
– Alice [solitude, récif, étoile, see Mallarmé], Estrela [Star] –
also reads and plays Luiz Felipe Leprevost
e se com todos estes nem todos vão
eu – por minha vez – vou!
and if with all those not everyone will come
I – for my own turn – will go!
*
Mais detalhes, no Samecity´s Blog.
Aí o Octavio me desafiou a verter ao inglês o poema de duas postagens atrás, que faz referência a figuras-chave da cena poética curitibana atual.
Desafio prontamente aceito, produzi a seguinte versão (que vos apresento intercalestrofada ao original, conforme sempre faço, para vosso gáudio e cotejo).
Octavio apresenta-la-á em palestra (lecture), amanhã (quarta-feira, wednesday), às 19h (horário de Los Angeles - Pacific Time) - (em Brasília: 0h de quinta-feira), na sala Braun (Braun Room) da Main Library (Biblioteca Principal) do Occidental College.
Cliquem aqui e deem só uma olhada no gabarito dessa faculdade de artes norte-americana, a mais tradicional da Costa Oeste dos Estados Unidos...
E aí vejam o que será lido por lá, tomorrow (and tomorrow and tomorrow...)...
À ALTA CLASSE CULTURAL CURITIBANA
Ivan Justen Santana
TO THE HIGH-CLASSED CULTURED FROM CURITIBA
(Translated by the author)
Quem vai a toda parte,
vai a Alexandria e à França,
vaiaria as grandes artes
(música, letra e dança)
do Alexandre França?
One who travels the world (all its parts),
who travels to Alexandria and to France,
would he or she hiss at the great arts
(songs, plays and dances)
of Alexandre França?
E quem destrói de novo as Tróias
mas já foi a um de noivos cursilho
desconstruiria as canções do Troy Rossilho?
And one who destroys all Troys and Ylions
but who bends and knees to his received religion,
would he deconstruct the songs of Troy Rossilho?
E quem não se alivia e não espanta o tédio
ouvindo Lívia e os Piá de Prédio?
And who is not relieved and away from boredom
by listening to Lívia e os Piá de Prédio?
(Lívia and the Boys in the Condo)
Sei que aquela criatura
que não escanhoa a barba
nem bebe um mate amargo (feito eu)
agadanhará o CD-livro Língua Madura
de Octavio Camargo, Bárbara & Thadeu.
I know for a fact that he who shaves correctly
and doesn’t drink a sour mate [´Ma:te] (a kind of tea)
like me he will buy the Book-CD Língua Madura
(Mature Tongue), from Octavio Camargo,
Bárbara & Thadeu (The Polack from Barreirinha!)
Então não me xingues nem te vingues
e nunca tentes me dar de talho
se eu leio os versos do Mario Domingues
e as lascas do Ricardo Schmitt Carvalho,
e não pense que é lasqueira
se eu tolero e curto as duchas do Ricardo Corona,
e envernizo os livros do Rodrigo Madeira,
bem como os do Adriano Smaniotto
e os do Edson Falcão –
um é imperador, sem ser escroto,
e o outro, filósofo, fez sua lição –
todos estes sabemos o quanto é fabuloso
ler trabalhos críticos e poéticos do Adalberto
Müller e do Maurício Mendonça Cardozo,
os quais não seriam o que são hoje
não fossem mestres da altura de Marcelo Sandmann,
Benito, Bueno, Tezza, Venturelli, Winck,
e outros doutos doutores da UFPR...
So do not plan revenge nor send me curses
and never dare attack me with your tallyho
if I read from Mario Domingues his verses
and also those from Ricardo Schmitt Carvalho,
and do not think it is my madness, minha pira [´mi: ɲa ´pi: rə]
if I tolerate and dig the poems from Ricardo Corona,
and if I varnish the books from Rodrigo [Wood] Madeira,
as well as those from Adriano Smaniotto
and from Edson Falcão – (Falcon Edson!)
the former is an emperor without being a scrottum,
and the latter, a philosopher, knows his lesson –
those like us we all can say how fabulous it is
to read the critic and poetic works from Adalberto
Müller and from Maurício Mendonça Cardozo,
who would not be what they are today
were it not because of masters like Marcelo Sandmann,
Benito, Bueno, Tezza, Venturelli, Winck,
and other wise professors from UFPR
(the Federal University of Paraná)…
– Tá legal, Ivan: encerre!
– Alright, Ivan: time to settle down… – Ha!
Sim, encerro antes do fim,
pois a poesia também desabrocha
em meninas assim
como Sabrina, Lu, Nara e Lindsey Rocha,
sem esquecer Bárbara Lia, Marilia Kubota,
Monica Berger e, sim,
a não menos que magnífica Luci Collin.
Yes, I’ll settle down before the end,
since poetry also blooms from
girls like these (poets, I’d say:)
Sabrina, Lu, Nara and Lindsey,
last but not least Bárbara Lia, Marilia Kubota,
Monica Berger and, yes (with a grin!)
the no less than magnificent Luci Collin.
Pois bem: e já que não tens verruga,
dize-me – já que és bambambam –
já leste os poemas de Rodolfo Jaruga,
de Paulo Bearzoti e de Jaques Brand?
Indeed: and since you have no warts (and kick no rugger)
tell me – since you’re whambam (and play the grand) –
ever read the poems from Rodolfo Jaruga,
from Paulo Bearzoti and from Jaques Brand?
Entretanto, e portanto, finalizando
antes que pensem que o cordão dos
puxa-sacos aqui estou cada vez mais
aumentando, o encerramento eis que aí vai
em estilotanka de Pai-Mei-Hai-Kai:
However, and therefore, in conclusion,
before one thinks I’m a great addition to
the team of The Arsekissers (who increase by
numbers), I’ll finish this by saying hi!
in the tankastyle of a Pai-Mei Hai-Ku-Do-Kai:
quem Leminski
– Alice, Paulo, Estrela –
também Leprevost
one who reads and plays Paulo Leminski
– Alice [solitude, récif, étoile, see Mallarmé], Estrela [Star] –
also reads and plays Luiz Felipe Leprevost
e se com todos estes nem todos vão
eu – por minha vez – vou!
and if with all those not everyone will come
I – for my own turn – will go!
*
segunda-feira, fevereiro 07, 2011
PROSSEGUINDO A MENSAGEM À ALTA CLASSE CULTURAL CURITIBANA
Afinal, se os grandes descobrimentos
da poesia paranaense não se descobrem sem
mencionar, além de Retta e de Flávio Jacobsen,
tantos outros nomes nestes testamentos,
bastem para o momento
o de um mestre que rege:
Jamil Snege,
o de um poeta e tradutor
que mapeou do amor
o bosque:
Fernando Koproski,
e o da poeta membro do grupo Pó&Teias
a qual mais contribuiu (até o momento)
àquele blog de poemas
(sem esquecer de Cida, Angela, Andréa,
Glória, Iriene, Joselaine e Maria José),
enfim:
Deisi Perin.
Como vocês podem ver,
a poesia paranaense
continua mais que inteira,
independentemente
dessa postagem que fiz de presente
de segunda-feira.
*
da poesia paranaense não se descobrem sem
mencionar, além de Retta e de Flávio Jacobsen,
tantos outros nomes nestes testamentos,
bastem para o momento
o de um mestre que rege:
Jamil Snege,
o de um poeta e tradutor
que mapeou do amor
o bosque:
Fernando Koproski,
e o da poeta membro do grupo Pó&Teias
a qual mais contribuiu (até o momento)
àquele blog de poemas
(sem esquecer de Cida, Angela, Andréa,
Glória, Iriene, Joselaine e Maria José),
enfim:
Deisi Perin.
Como vocês podem ver,
a poesia paranaense
continua mais que inteira,
independentemente
dessa postagem que fiz de presente
de segunda-feira.
*
quinta-feira, fevereiro 03, 2011
À ALTA CLASSE CULTURAL CURITIBANA
Quem vai a toda parte,
vai a Alexandria e à França,
vaiaria as grandes artes
(música, letra e dança)
do Alexandre França?
E quem destrói de novo as Tróias
mas já foi a um de noivos cursilho
desconstruiria as canções do Troy Rossilho?
E quem não se alivia e não espanta o tédio
ouvindo Lívia e os Piá de Prédio?
Sei que aquela criatura
que não escanhoa a barba
nem bebe um mate amargo (feito eu)
agadanhará o CD-livro Língua Madura
de Octavio Camargo, Bárbara & Thadeu.
Então não me xingues nem te vingues
e nunca tentes me dar de talho
se eu leio os versos do Mario Domingues
e as lascas do Ricardo Schmitt Carvalho,
e não pense que é lasqueira
se eu tolero e curto as duchas do Ricardo Corona,
e envernizo os livros do Rodrigo Madeira,
bem como os do Adriano Smaniotto
e os do Edson Falcão –
um é imperador, sem ser escroto,
e o outro, filósofo, fez sua lição –
todos estes sabemos o quanto é fabuloso
ler trabalhos críticos e poéticos do Adalberto
Müller e do Maurício Mendonça Cardozo,
os quais não seriam o que são hoje
não fossem mestres da altura de Marcelo Sandmann,
Benito, Bueno, Tezza, Venturelli, Winck,
e outros doutos doutores da UFPR...
– Tá legal, Ivan: encerre!
Sim,
encerro antes do fim,
pois a poesia também desabrocha
em meninas assim
como Sabrina, Lu, Nara e Lindsey Rocha,
sem esquecer Barbara Lia, Marilia Kubota,
Monica Berger e, sim,
a não menos que magnífica Luci Collin.
Pois bem: e já que não tens verruga,
dize-me – já que és bambambam –
já leste os poemas de Rodolfo Jaruga,
de Paulo Bearzoti e de Jaques Brand?
Entretanto
e portanto,
finalizando
antes que pensem que o cordão dos
puxa-sacos aqui estou cada vez mais
aumentando,
o encerramento eis que aí vai
em estilotanka de Pai-Mei-Hai-Kai:
quem Leminski
– Alice, Paulo, Estrela –
também Leprevost
e se com todos estes nem todos vão
eu – por minha vez – vou!
*
vai a Alexandria e à França,
vaiaria as grandes artes
(música, letra e dança)
do Alexandre França?
E quem destrói de novo as Tróias
mas já foi a um de noivos cursilho
desconstruiria as canções do Troy Rossilho?
E quem não se alivia e não espanta o tédio
ouvindo Lívia e os Piá de Prédio?
Sei que aquela criatura
que não escanhoa a barba
nem bebe um mate amargo (feito eu)
agadanhará o CD-livro Língua Madura
de Octavio Camargo, Bárbara & Thadeu.
Então não me xingues nem te vingues
e nunca tentes me dar de talho
se eu leio os versos do Mario Domingues
e as lascas do Ricardo Schmitt Carvalho,
e não pense que é lasqueira
se eu tolero e curto as duchas do Ricardo Corona,
e envernizo os livros do Rodrigo Madeira,
bem como os do Adriano Smaniotto
e os do Edson Falcão –
um é imperador, sem ser escroto,
e o outro, filósofo, fez sua lição –
todos estes sabemos o quanto é fabuloso
ler trabalhos críticos e poéticos do Adalberto
Müller e do Maurício Mendonça Cardozo,
os quais não seriam o que são hoje
não fossem mestres da altura de Marcelo Sandmann,
Benito, Bueno, Tezza, Venturelli, Winck,
e outros doutos doutores da UFPR...
– Tá legal, Ivan: encerre!
Sim,
encerro antes do fim,
pois a poesia também desabrocha
em meninas assim
como Sabrina, Lu, Nara e Lindsey Rocha,
sem esquecer Barbara Lia, Marilia Kubota,
Monica Berger e, sim,
a não menos que magnífica Luci Collin.
Pois bem: e já que não tens verruga,
dize-me – já que és bambambam –
já leste os poemas de Rodolfo Jaruga,
de Paulo Bearzoti e de Jaques Brand?
Entretanto
e portanto,
finalizando
antes que pensem que o cordão dos
puxa-sacos aqui estou cada vez mais
aumentando,
o encerramento eis que aí vai
em estilotanka de Pai-Mei-Hai-Kai:
quem Leminski
– Alice, Paulo, Estrela –
também Leprevost
e se com todos estes nem todos vão
eu – por minha vez – vou!
*
quarta-feira, fevereiro 02, 2011
Poema que estreei ontem no Wonka Bar:
SONETROUIVANDO
sou poeta a todo gosto
que gosto não se discute
se o leitor curte sonetos
as trovas também deglute
se a moça prova um salgado
ela não nega um quitute
se em França faço biquinho
na Itália brindo salute
nas rádios enxergo imagem
na TV uso a tecla mute
e se a máquina dá pau
no teclado não dou chute
te deixo um beijo no feice
e uma palmada no orkute
*
sou poeta a todo gosto
que gosto não se discute
se o leitor curte sonetos
as trovas também deglute
se a moça prova um salgado
ela não nega um quitute
se em França faço biquinho
na Itália brindo salute
nas rádios enxergo imagem
na TV uso a tecla mute
e se a máquina dá pau
no teclado não dou chute
te deixo um beijo no feice
e uma palmada no orkute
*
terça-feira, fevereiro 01, 2011
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