quarta-feira, junho 22, 2011

SE LITERATURA FOSSE CRIME (E NÃO É?)

(inspirado por uma observação de Ricardo Pozzo e um questionamento de Lívia Lakomy)

Todo literato é um tipo manso (ou Manson?) de sociopata.

Portanto:

se James Joyce é um Jesse James,
William Faulkner é um Billy The Kid,
e Jack Kerouac, o Estripador.

Guimarães Rosa é um Lampião.
Dalton Trevisan, um Bandido da Luz Vermelha.
Paulo Leminski, um Monge da Lapa.

E você, Ivan?

Você foi um projeto de Maníaco do Parque
(enquanto amestrava-se no campus da USP)
mas agora você virou um tipo de Dexter
(o do seriado, não o do desenho)
apavorando a cultura curitibana
com o sobrenome artístico de Justen Santana.
*

2 comentários:

livia disse...

excelente resposta!

estava falando com o fabiano vianna, da revista lama, e ele me disse:
dalton é o vampiro
valêncio o frankestein
ele quer ser o lobisomem
e também ouvi que o paulo biscaia quer ser o corvo

quem mais está na lista (além do comentarista acima, que é o polaco da barreirinha)?


ass: morena fantasma

Ivan disse...

Só posso responder provisoriamente com a seguinte tempestade mental:

- pra indústria cultural de massa, todos os poetas curitibanos da atualidade são homens (e mulheres)invisíveis;

- a FCC devia abrir um edital pruma montagem coletiva de Os Fantasmas da Ópera de Arame (estrelando a classe artística da cidade);

- ideias pra novos mitologemas sinistros de Curitiba:

o Piromaníaco do Paiol;

os Espantalhos dos Sinais Vermelhos;

as Bruxas dos Bosques (parece que no Bosque Alemão já tem uma, mas ela é boazinha e só conta histórias - falta outra, bem mais cabulosa, pro Bosque do Papa);

o Triste da Vista Alegre;

a Deusa Pagã de Santa Felicidade;

o Homem do Saco Reciclável;

a Gralha Azul de Frio;

o Extrovertido do Bom Retiro;

(pronto: já temos o esqueleto de um livro de contos, ou no mínimo uma série de prováveis fotonovelas pra Lama...)...