terça-feira, maio 30, 2017

E AINDA OUTRO BUQUÊ DE LIMERIQUES...

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em queda livre para cima
caindo retamente em curva
topando brigas
procurando rimas
e abrindo os olhos n´água turva

ijs
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Havia este ponto dentro da reta:
Buscava nas curvas uma indireta;
Numa ida parou
Mas não se tocou
Que a ida era a volta completa.

ijs
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Existe uma pinda na monha de angaba
Que também é cuque e de tiba se gaba:
Cidade sorriso,
Calçada que piso:
Os índios mandamos na taba!

ijs
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Havia uma sílaba tônica
De certa palavra eletrônica;
Quando assistiu 'Tron'
Subiu o próprio tom
E então se entronou, histriônica.

ijs
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Era uma vez uma musa dramática
Que tinha estratégia e também tinha tática:
Fazia uma cena
Sem tinta nem pena
Pois pra ela teoria era prática.

ijs
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Era uma vez um poeta calhorda
Que andava de noite roendo uma corda:
Um dia, no hospício,
Seu fim teve início:
"Gritamos e ele não acorda!"

ijs
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Atirei uma isca entristecida
No laguinho vazio da nossa vida:
Um peixinho escapuliu
Dizendo: "Onde já se viu
Vir pescar com isca entristecida?"

ijs
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Havia certa graça em minha vida
A qual me chamava de amor, a querida:
Cometi sete erros,
Soltei alguns berros
E assim ficou sem graça a minha vida.

ijs
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Havia uma mãe: e era a minha: Liana
Que voltou de viagem nesta semana:
Conheceu Jerusalém
Porém lá não disse amém
Qual legítima curitibana.

ijs
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