O poetaço e o poetento
trombaram (que susto!) um com o outro –
o verbo veio violento
à boca do que era o mais douto:
“Eu faço, eu verso, eu aconteço
e esse universo vai ver só:
reconheces que não tem preço
o meu cantar de tom tão só?”
O mais humilde, nojentinho,
viu fim no meio do caminho
e disse ao vizinho, mesquinho:
“Não, não beberei deste vinho
passado que você fermenta.”
– enquanto a tardinha, agourenta,
morria sem um som plangente,
antipaticissimamente.
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2 comentários:
O QUE VEM A SER O VAZIO
Poesia viva na veia nessa via oca vazia
A heresia incendeia no verso sem nexo complexo feito disco tocando ao reverso
Mas o que vem a ser o vazio de um drama antidrama subliminar subatômico não-histriônico?
Será um operístico microfone trombone de ossos com olhos de megafone?
Alto falante sagaz andante de intrigantes lendas urbanas
que encerram partículas desconcertantes fugazes mundanas?
Ou será o todo relevante que conjuga subjuga e reduz reles criaturas a um emaranhado de espinhas dentes barbatanas e escamas?
Abração Ivan, início do mês que vem estarei por ai.
haha!
Enquanto isso no Mercado Municipal
=D
n.
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