sexta-feira, maio 08, 2009

O POETAÇO E O POETENTO

O poetaço e o poetento
trombaram (que susto!) um com o outro –
o verbo veio violento
à boca do que era o mais douto:

“Eu faço, eu verso, eu aconteço
e esse universo vai ver só:
reconheces que não tem preço
o meu cantar de tom tão só?”

O mais humilde, nojentinho,
viu fim no meio do caminho
e disse ao vizinho, mesquinho:
“Não, não beberei deste vinho

passado que você fermenta.”
– enquanto a tardinha, agourenta,
morria sem um som plangente,
antipaticissimamente.

2 comentários:

Lucky Luciano disse...

O QUE VEM A SER O VAZIO
Poesia viva na veia nessa via oca vazia
A heresia incendeia no verso sem nexo complexo feito disco tocando ao reverso
Mas o que vem a ser o vazio de um drama antidrama subliminar subatômico não-histriônico?
Será um operístico microfone trombone de ossos com olhos de megafone?
Alto falante sagaz andante de intrigantes lendas urbanas
que encerram partículas desconcertantes fugazes mundanas?
Ou será o todo relevante que conjuga subjuga e reduz reles criaturas a um emaranhado de espinhas dentes barbatanas e escamas?

Abração Ivan, início do mês que vem estarei por ai.

Anônimo disse...

haha!


Enquanto isso no Mercado Municipal

=D

n.