sexta-feira, agosto 12, 2011

E agora viro parceiro de um poeta de 145 anos de idade, assim:

TERCETOS PARA COMPLETAR A FLORA DE EMILIANO

As raparigas numa gaze leve,
O som do sopro quase mais que breve,
Hoje eu as vejo e o ouço: som, nudez,

Loucamente ao redor da primavera,
Da flor vermelha que será, e é, e era,
Numa ilusão de quem sabe talvez...

Ivan Justen Santana (Um sim em si, 2011)


[recorte o poema desta postagem e cole debaixo do poema
FLORA, de Emiliano Perneta, que está mais abaixo,
na postagem do dia 8 de agosto;
ou então clique nos comentários daqui mesmo,
e veja como ficou esta parceria inédita:]

Um comentário:

Ivan disse...

Ontem eu me encontrei contigo, ó primavera,
Os lábios a sorrir, como uma flor vermelha,
Tu trazias na mão a clássica corbelha,
E na fronte ideal uma coroa de hera.

Em derredor de ti, loucamente, passava
Um turbilhão febril de raparigas, quase
Nuas, veladas só por um sendal de gaze,
Mais leve do que o som que Zéfiro soprava...

As raparigas numa gaze leve,
O som do sopro quase mais que breve,
Hoje eu as vejo e o ouço: som, nudez,

Loucamente ao redor da primavera,
Da flor vermelha que será, e é, e era,
Numa ilusão de quem sabe talvez...