Sem paz, sem vez, sem triz, sem nós, compus
um sonho só pra escapar do incomum.
Num tom inescapável, sim, comum,
um show de chavões, pás, pés, pis, pós, pus.
Um sonho bom daqueles tempos nus,
quando chamavam bunda de bumbum
e todo desespero era nenhum,
e mesmo as sombras pareciam luz.
Contudo o sonho se tornou minúsculo,
restrito ao coração. E a realidade
veio apertando mais. Até que, em vão,
frenético, mas sem mexer um músculo,
numa ânsia de terror e de piedade,
sonhei que devorei meu coração.
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domingo, abril 22, 2012
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