demonstro afeição: a feição de monstro
plante no pé: espalme na mão: molhe no molhe
console no solo: cole: decole: cair de maduro nunca é mole
grave todo grão: acrisole cada cristal: divida as meias
sem as ampulhetas ficam só os sóis: arados de areias
arranhe a champanhe: chape um sanduíche
para amplos os sexos: no fim que se lixe
todos os rabos de todas as tantas sereias
mudas: mudas: metamorfo-me-sei-a-as
chocolate não: dispara jatos de serotonina
alegria é só impressão: menos pior azarar a mina
cada neurônio com a sua terminação
fibras nervosas que carregam informação
eletricidade que ultrapassa todo o espaço
nossa intenção é a mesma do joão: sem braço
sinapses: ápices: bainhas de mielina
estrépitos: colapsos: rejeitos de dopamina
tudo num mundo de veludo azul: mas muito curto
solto santo surto: assim me saqueio mas nunca me furto
_____________________________________
4 comentários:
rsrs! surtado mas duca, ivan. monstruário de primeira.
o primeiro verso ficou antológico: e antilógico, monstrológico, antrológico, antropofagológico, sei lá...
valeu a leitura, Rodrigo -- eu quase desreverti o verso assim:
demonstro afeição: a feição de monstro
Ivan, fica melhor com os monstros na ponta.
Siena Mi Fe, Disfecemi Maremma,
o velho Dante já ensinava.
abç
rods.
Bom, Rods -
se o Dante já ensinava, quem serei eu.. -
ou antes, quem serei eu, se já ensinava o Dante -
rearranjatum est
Postar um comentário