segunda-feira, setembro 03, 2012

CANTO ÚLTIMO [ABSQUE METU ABSURDI]

para Rodolfo Jaruga, futuro pai

Para o diabo odiado já parodiado, Ezra Pound,
este canto aqui é pequeno demais para dois Dantes---

e ainda que fossem só uns quatro provençais pingados,
não sobraria espaço nem na sexta dimensão
da poesia de terceiras intenções
suficiente a mais outra paródia
da tua ezravoz de pound oco cada
vez mais vérica e
feérica
eérica
érica
rica
ica
ca
a
ótica
caótica
muvucaótica---
assim -- .

Assim ... :

antes da morte, sonhemos com vidros grisblaus
de vaga, sussurros de pobre, cego poeta,
vagidos de infantes, suspiros vagaus---

todos os turbilhões e as torvelinhas,
e as torpes linhas, nada, estas escunas,
algumas frases traduzidas

da escrita cuneiforme
ou o que mais
sim forme--

porfiriamente, por fim------.......

nos veremos em Naxos, -- ... !?
sim: ver-nos-emos,
lá, lacem, la ci darem, se lapidassem, dilapidassem, ralassem,
relassem,
sem nexos,
os nossos todos lados, de amplos os sexos:
interdesencobrinexos---
roçando a rezar
extrampando
pelo mais puro lazer---

[...] e o séquito
das tigresas avermelhadas
encantava quem tivesse
a imaginação de as ver......

Asvermelhadas.

;]

IJS [III/IX/MMXII]

Um comentário:

Rodolfo Brandão de Proença Jaruga disse...

seguramente nos veremos em naxos
porque o inferno não existe. nem o paraíso.

gracias
abc
rods


(ah, o inferno é aquele lugar onde há linguagem, mas o poema é impossível. e o paraíso é aquele lugar onde há poema, mas a linguagem é inacessível)