para Rodolfo Jaruga, futuro pai
Para o diabo odiado já parodiado, Ezra Pound,
este canto aqui é pequeno demais para dois Dantes---
e ainda que fossem só uns quatro provençais pingados,
não sobraria espaço nem na sexta dimensão
da poesia de terceiras intenções
suficiente a mais outra paródia
da tua ezravoz de pound oco cada
vez mais vérica e
feérica
eérica
érica
rica
ica
ca
a
ótica
caótica
muvucaótica---
assim -- .
Assim ... :
antes da morte, sonhemos com vidros grisblaus
de vaga, sussurros de pobre, cego poeta,
vagidos de infantes, suspiros vagaus---
todos os turbilhões e as torvelinhas,
e as torpes linhas, nada, estas escunas,
algumas frases traduzidas
da escrita cuneiforme
ou o que mais
sim forme--
porfiriamente, por fim------.......
nos veremos em Naxos, -- ... !?
sim: ver-nos-emos,
lá, lacem, la ci darem, se lapidassem, dilapidassem, ralassem,
relassem,
sem nexos,
os nossos todos lados, de amplos os sexos:
interdesencobrinexos---
roçando a rezar
extrampando
pelo mais puro lazer---
[...] e o séquito
das tigresas avermelhadas
encantava quem tivesse
a imaginação de as ver......
Asvermelhadas.
;]
IJS [III/IX/MMXII]
Um comentário:
seguramente nos veremos em naxos
porque o inferno não existe. nem o paraíso.
gracias
abc
rods
(ah, o inferno é aquele lugar onde há linguagem, mas o poema é impossível. e o paraíso é aquele lugar onde há poema, mas a linguagem é inacessível)
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