quarta-feira, dezembro 29, 2004

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Que nojo dessa métrica perfeita:
O gosto dessa péssima poesia,
Sem graça, labiríntica e vazia,
Desperta-me uma náusea que rejeita.

Se a rima entorta e nunca se endireita,
Convém não requentar a média fria.
Emendar demanda profilaxia:
Palavras passam cólera e maleita.

O verso só se acerta no terceto:
O abstruso torna-se algo de concreto
Se o concerto desconcerta-se abstrato.

Minha setra etcetera este soneto:
Exijo que o exegeta conte certo
E se entender que passe a andar de quatro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Querido filho,

feliz 2005 para você!

Estamos com saudades do seu coração nobre e de sua zenialidade (com z ou com g, ambas se adaptam), espero que esteja feliz com a Rúbia.
Que Cristo Redentor te abençoe, ele já tem bastante trabalho nessa cidade maravilhosa, mas sempre resta um vibrante raio de luz para uma criatura do bem como você.
Não morra de vergonha de seus amigos, porque sua mãe comparece no teu blog, eu nem tenho senha nem nada, mas quero te abençoar e reafirmar o quanto tua vida e saúde são importantes para nós, só te falta dar uma chance pro teu (onipresente) discernimento sobre limites.
E amanhã é ano novo, e sempre é um momento de questionar a nós mesmos sobre o que fizemos ou deixamos de fazer. Para essa jornada interior, somente nós mesmos temos a chave, e temos de buscá-la penetrando no silêncio de nossos corações.
Isso inclui desistir definitivamente de julgar o próximo e assumir que, depois dos 30, somente cada um é responsável por onde está e o que é.
E então, decidir-se a escolher somente aquilo que nos salve de nossas pp sombras e nos mantenha em nossa pp luz.

beijos 1000
Liana