sexta-feira, dezembro 31, 2004

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(solução da forca na postagem anterior: S O N E T O)


Não foi normal minha partida da inimiga:
Fui assoado lá de dentro num tal tranco
Que logo ao ser evacuado da barriga
Caí direto no primeiro cueiro branco.

De tão sensível, essa fralda imaculada
Se contraiu toda com asco, náusea, engulho:
Cruel e criminosamente atormentada
A fralda triste perdeu todo o seu orgulho.

Quando cresci tornei-me um célebre escritor
E pela fama de criar o verbo horror
Dos peçonhentos eu fui proclamado rei.

Mas os meus versos riparófilos e vis
Foram mais belos, mais sinceros e gentis
Que as inqualificáveis gentes que encontrei.

2 comentários:

Priscila Manhães disse...

Gênio dos versos, saudade enorme de você.
Beijo

Ivan disse...

Pois é: "gênio", mas faltou um "s" no verso 12... Não que alguém tenha notado, mas é imperdoável: vou ter que editar e furar minha greve, já furada com este meu comentário.