sexta-feira, março 09, 2012

A LUA CHEIA

Sinto muito
Por ter alvejado
Belo pássaro raro

Você tinha
Vinte vezes com o olhar
Me fuzilado

Sinto muito
Sua arma colocada
Sobre a mesa do lavabo...

Mas que ideia!
Nunca se deve
Tentar atentar o diabo...

Nunca se deve rasgar seda
Nem mostrar dentes langues
Às noivas quando a lua cheia
Metamorfoseia os sangues...

Legítima defesa
Por que tanto ódio e insolência?
Legítima demência
Será presunção de inocência...

A morte lhe cai bem
Eu até vislumbraria
Com você um pouco de
Necrofagia...

Nunca se deve voar nas plumas
Nem contar os momentos
Das noivas em crise quando a lua
Acelera os batimentos...

Legítima defesa
Por que tanto ódio e insolência?
Legítima demência
Será presunção de inocência...

Sinto muito
Você estava tão mudado
Tão imoral

Sinto muito
Eu realmente não queria
Lhe fazer algum mal...

Eu falo e falo
Você surdo e mudo com esse olhar
Estranhamente pálido...
Você nunca vai mudar?

Françoise Hardy
Versão brasileira:
Ivan Justen Santana

2 comentários:

rodrigo madeira disse...

letraça, letraça!!

rodrigo madeira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.