Os dois últimos pedaços do gato Asparagus
(não tentem fazer isso em casa),
grudados como gêmeos siameses.
Ah, pra criar suspense, sabem a dos gêmeos siameses?
Não? Pois é:
eles estão assim há meses.
*rufar de tambores*
(...)
Then, if someone will give him a toothful of gin,
He will tell how he once played a part in East Lynne.
At a Shakespeare performance he once walked on pat,
When some actor suggested the need for a cat.
He once played a Tiger – could do it again –
Which an Indian Colonel pursued down a drain.
And he thinks that he still can, much better than most,
Produce blood curdling noises to bring on the Ghost.
And he once crossed the stage on a telegraph wire,
To rescue a child when a house was on fire.
And he says: ‘Now, these kittens, they do not get trained
As we did in the days when Victoria reigned.
They never get drilled in a regular troupe,
And they think they are smart, just to jump through a hoop.’
And he’ll say, as he scratches himself with his claws,
‘Well, the Theatre’s certainly not what it was.
These modern productions are all very well,
But there’s nothing to equal, from what I hear tell,
That moment of mystery
When I made history
As Firefrorefiddle, the Fiend of the Fell.’
Se então mais outro gim, de graça, ele derruba,
Vai contar que cantou de dentro de uma tuba.
Numa peça do Bardo, empolgou-se no treino
Porque Ricardo quis trocá-lo por seu reino.
Já fez papel de Tigre (inda tem esse plano...)
Que foge de bengala, entrando por um cano.
Dava um grito de dor que emocionava a Casa
Na cena de tirar as castanhas da brasa.
Certa vez, sobre o palco, agarrado ao pendente
Da luz, salvou do incêndio uma fãzinha ardente.
E prossegue: “Hoje o Palco, o que tem de bichanos!
O inverso dos galãs que fomos tantos anos.
E as gatinhas a achar que cena é erguer a saia,
A posarem de atriz, mas só levando... vaia.”
E acaba por dizer, usando a garra em pente:
“O Teatro não é mais o que era antigamente.
As novas produções são boas, são, vá lá!
Mas nada se compara, um dia se verá,
Ao momento de glória
Em que fazia história
No “Fanhofarofino, a Fera do Mafuá!”
Thomas Stearns Eliot
Tradução: Ivo Barroso
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