quarta-feira, janeiro 12, 2005

Matando saudades da morte

(e atendendo aos insistentes pedidos)

Pra melhor fruir minha canção de amor à morte, é bom saber que eu a fiz inspirado por uma cançãozinha infantil que uma priminha minha me ensinou em tenra idade, versando assim:

Fui no cemitério,
tério tério tério

Era meia-noite,
noite noite noite

Vi uma caveira,
veira veira veira

Era vagabunda,
bunda bunda bunda

Olha o respeito,
peito peito peito


Então, a mistura de sexo e terror sempre foi pra mim muito divertida e perfeitamente apropriada pras almas infantis feito a minha. Cantem comigo:


AMORTE

Eu fui no cemitério
Pra me encontrar com a morte
Eu tava bem travado
Eu tava bodeado

*corinho sinistro*
Me encontrar com a morte
(repete)

Lá longe eu vi um vulto
Ela estava chegando
As névoas me abraçaram
As trevas me engoliram

*corinho sinistro*
A morte está chegando
(repete)

E fomos prum motel
Onde eu a penetrei
Ela me disse agora
E eu confesso que gozei

*gemidos maliciosos*
penetrando a morte
(repete)

Acordei ressaqueado
Com os nervos em frangalhos
Então vi seu bilhete
Ela tinha me deixado

*uivos*
A morte me deixou
*lamentações*
Ela me abandonou

E hoje vivo louco
Procurando minha morte
Mas nunca mais vou ter
Aquela mesma sorte

De
*corinho sinistro*
Me encontrar com a morte
*corinho sinistro*
Me encontrar com a morte


Ivan Justen Santana

(1989)

3 comentários:

Priscila Manhães disse...

Ah, Ivanzinho... como eu gosto dessa música, principalmente ouvir você cantando, hehehe, é bem divertido. ;)

Beijos e sorrisos maliciosos, :)

Gica Trierweiler Yabu disse...

hoje as pessoas vão morrer/ hoje as pessoas vão matar/ espírito fatal e a psicose da morte estão no ar/ o mundo poderia acabar/ já, agora, neste momento/ porque só eu estou sabendo/ e eu já fiz o que eu tinha pra fazer ho-je.

Carla disse...

Merecia fotografia.