Ocorre que eu ia pela rua e de repente me atacaram os espíritos de Gregório de Matos Guerra e Manuel Maria Barbosa du Bocage, e aí deu no que deu (em homenagem especial a você, Thadeu...):
Nesta vida já escutei Violeta Parra;
Sei também que bom cabrito é o que não berra,
Mesmo quando adoram métrica que erra
Ou se a rima assim me agarra e sai na marra...
Mas eu próprio me peço: não force a barra
Na volúpia veludosa que te encerra -
Pois por mais que suba ou desça a pé a serra
Fico sempre bem carente em qualquer farra...
Eu termino este soneto então por birra:
Rimo todas as vogais até que morra
E que enfim chorem por mim um hip, hip, hurra!
Não me tragam no velório incenso e mirra,
Nem se espantem da loucura dessa porra
Já que eu nunca cultivei surra nem curra.
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4 comentários:
Sensacional, Ivan!, não só pela homenagem mas pela grandeza poética que encerra.
é por isso que eu continuo vindo aqui... beijo.
Zagueiro, mesmo, foi o Gamarra!
Vc deveria ter vergonha de nomear este texto de soneto. Não há nada nele que não seja desprezível. Deixe de acreditar nas mentiras (nos deliciosos e falaciosos elogios) que lhe endereçam os colegas. Se não lhe falta vocação (Vc o saberá), falta trabalho.
Ez
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