sexta-feira, abril 30, 2010

Um coração pulsando em verso alexandrino

Um dia uma mulher comeu meu coração
Mas aparentemente sem deglutição
Cuspido o coração mascado recobrou-se
Tanto fez tanto fosse acabar-se o seu doce.
Uma noite, num bar, novamente docinho,
Meu coração topou com outra no caminho:
Aquela era uma pedra mais suave, aguda,
E o coração ainda sem razão que acuda
De novo devorado amanheceu mais morto
Que vivo amortalhado em trapo roto e torto.
Mas hoje de manhã bateu que assim ou não
Pra sempre vai pulsar meu tolo coração...

3 comentários:

Roberto Prado disse...

É por isso que você tem um grande coração, forjado na dor, exercitado na entrega e recomposto na alegria que ele bem merece. Grande abraço.

Wagner Schadeck disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
E.R.L. disse...

putz é muito bão voltar aqui.