Ao meu amigo Tony Monti, que não lê este blog, então esqueçam que eu o mencionei.
Já que está patente que a poesia só é sempre boa e sempre pouca para as sempre poucas e sempre boas, investirei numa prosa bem factóide: aproveitem, hein, raramente eu deixo de mandar no texto assim e solto o discurso guardado em mim. Mas chega de poesia, rima e ritmo. Já estou Saramago disso. E não tentem fazer isso em casa:
– Hoje de manhã, eu, fulano de tal, estava vestindo minha jaqueta, pensando se estava assim tão frio, quando notei uma aranha subindo por trás da jaqueta, quase no meu pescoço: marrom (a aranha, não o pescoço): eu mesmo não ouvi o grunhido quando ato reflexo tirei a jaqueta e joguei-a no chão. Ergui a jaqueta, a aranha caiu no chão, vacilou e (soc!) matei-a. É verdade, eu juro: perguntem pra minha vizinha: ela é testemunha, já estava quase chamando ambulância a menina...
É, as coisas mais difíceis acontecem, e merecem atenção, assim como as aranhas tecem, assim como a poesia não larga do meu pé. Na realidade, ela fica pulando do direito pro esquerdo, e eu nunca consigo pegar.
Um comentário:
Pois é, Santana. *suspiro de quem já abandonou o problema* Os brasileiros viemos de um caldeirão de três gentes tristes (atualizando a sociologia agora...).
Portuguesa é a aquela gente burra que matou e escravizou outra gente ingênua e cruel feito criança. Quem dera eu pudesse assinar embaixo das Memórias Póstumas de Brás Cubas: mas não dá mais: já está na Terra o legado da minha miséria... *careta de amargura*
Mas chega de morbeza romântica: tudo também é tão divertido, não é? Não é mesmo? Diga!
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