sexta-feira, novembro 25, 2005

À Minha Musa da Selvageria Elegante

Já fiz uns versinhos pra ela,
Não custa fazer outros mais –
Então salta uma oitava redonda
Daí vejo que bicho vai dar:

Pra defini-la em palavras
O jeito é ensairventando:
Trocando estes neologismos,
Depois retrodestrocando:
Porque ela é bem selvagante
E, além, ela é elevagem:
Selvagemente elegante.
Elegantemente selvagem.

Ela quebra até o pé dos meus versos,
Me gela a medula nos ossos,
Mas graças aos seus incentivos
Me juntei dos meus destroços,
E, aos que nunca a viram, canto:
Estes moços, pobres moços.

Assim, num final em quadrinha,
Minha observação vai capenga e sincera,
Contestando o grande poeta Augusto:
Ingratidão não é esta pantera.

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