Chega de conversa:
enjoei da prosa e resolvi que,
já que hoje é aniversário de uma das minhas musas,
voltarei a postar poemas,
tentando contemplá-las todas nessa nova seqüência.
Bom: eu sei que vou causar consternações,
ciúmes, desprezos, paixões, loucuras,
ou ainda uma máxima indiferença,
mas aí vou eu:
como diria Leminski,
a prosa é uma deusa que só diz besteiras
e fala de coisas como se novas:
assim,
eis umas rimas em tom de velhas conhecidas...
A MINHA MUSA DA AMIZADE
o que mais esperar
daquela que nunca vai tarde?
o que mais querer
da sua generosa amizade?
nada, musa artista e restauradora,
nada, musa amiga e companheira:
hoje eu não te peço nada -
também nada te ofereço:
hoje é o teu aniversário
e tua graça não tem preço -
na verdade, um quase nada,
um quasezinho de nadica
hoje, agora, aqui eu te deixo:
esses versinhos de franzir a testa,
erguer a sobrancelha, torcer o narizinho,
abrir a boquinha e derrubar o queixo.
***
Eu avisei a ela pelo telefone que ia postar um presente de aniversário:
ela disse: "não me comprometa!"
eu dei risada, disse: "claro que não! hahahaha"
e agora vou fazer de tudo pra comprometê-la...
Então vou postar aqui na seqüência um poema acróstico,
feito para ela por um amigo nosso,
também poeta como eu e também artista plástico como ela...
Tens nas pequenas mãos
A beleza da restauração.
Natureza poderosa!
Isso de que carece a vida
A cada segundo partida.
Sérgio Augusto
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2 comentários:
e tuas musas? estarão em pé de guerra ou numa comunhão orgiástica? muito boa a primeira oferenda... beijo
sergio augusto?
como? da onde?
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