a brincadeira que meu irmão fez ontem durante o acachapante prélio entre Atlético x flamengo: "eles vieram todos cheios, hein: Tim Maia e Ed Motta na dupla de ataque..."
E pra não perder também o ensejo de comentar o baile: porra, que partida lancinante, sentimentos confusos da parte da torcida sobre o craque Dagoberto (vai, Dago! fora, seu traíra! boa, Dago, seu palhaço, quer comer a bola? passa a bola, Dago! porra...), a torcida flamenguista tentando (sem sucesso) ser páreo pro nosso coro fanático (diga-se que minha filha adorou as bexiguinhas amarelas que eles trouxeram por modos de festejo da copinha do brasil - e tomaram o coro "putaqueopariu: cadê o campeão da copa do brasil" na telha...)...
Enfim, ao fim e ao cabo, tivemos uma atuação perfeita da muralha Cléber fechando a meta, lampejos de Dagoberto e um lance de catigoria do colombiano Ferreira, que encaçapou finalmente a redonda dardejando o ângulo carioca aos 22 minutos do segundo tempo. Hurra!
Fora os dois pênaltis claríssimos que o idiossincrático árbitro não marcou pra nós - e (como não mencioná-la?) a bandeirinha linda ali à direita distraindo nossa vista com suas duas coxas qual esculturas roxas de frio... Duplo hurra!
E assim deixamos os pobres urubuzinhos simpáticos na zona da morte e vamos pegar domingo próximo o corintianzinho em crise aguda...
Dá-lhe, dá-lhe, futebol é bem isso aí mesmo que você está vendo...
segunda-feira, julho 31, 2006
terça-feira, julho 25, 2006
Abri o Arcano 17, de André Breton, e li essa mensagem pra você:
Já que a vida te quis contra tua própria vontade, não és aquela que pode se dar a ela apenas pela metade. A dor e até mesmo o sonho de sucumbir a isso terão sido para ti nada mais do que portas, abertas para a necessidade sempre renovada de comover, de sensibilizar, de embelezar esta vida cruel. Tu sabes como eu a vejo através de ti, plumas de rouxinol na sua cabeleira de pagem. Sua agitação te mantém, eu não conheço nada mais perturbador do que a idéia de que ela te invadiu inteira novamente. A ofensa era tão grande que apenas um semelhante poder de perdão podia estar à altura dela. Mais bela, a solução do mais terrível de todos os enigmas estava em ser mais bela do que sempre havias sido. Mais bela por ter colocado do teu lado as Dominações. Mais bela por saber consentir ao dia hora por hora, à relva talo por talo. Mais bela por ter tido que retomar o filtro e por ser suficientemente bem-nascida para tê-lo levado a teus lábios sem reservas, passando por cima de tudo o que ele podia conter de terrivelmente amargo. Não foi necessário nada além da assistência de todas as forças que se manifestam nos contos para que das cinzas surgisse a flor-que-perfuma, saltasse o animal branco cujo olho longo desvenda os mistérios dos bosques.
Tradução: Maria Teresa de Freitas & Rosa Maria Boaventura
Tradução: Maria Teresa de Freitas & Rosa Maria Boaventura
sexta-feira, julho 21, 2006
Autopsicanálise dialognóstica
Antes de começar propriamente a postagem, uma questão: o que será que eu quis dizer com esse título? Não sei bem, mas que ficou sugestivo e quase totalmente pedante, até que ficou...
E então eu ia responder em comentário os comentários da postagem anterior, e não obstante outrossim frustro essa intenção e respondo aqui mesmo: até onde eu sei o Lepre não tem um blog, infelizmente não é possível perturbá-lo por esse meio, ainda...
Lepre que por sinal enigmou o meu sorriso: talvez eu deva confessar que segredei no ouvido da Ieda (feliz proprietária do Wonka), diante das travessuras poéticas de Lepre e sua trupe: “sou velho demais pra tanto vanguardismo”... Ao que ela decidida e veementemente ripostou: “Não, você não é”.
Enfim, tudo no espírito da bagunça: a força performática e poética do Lepre é inconteste... Quem sorriu, riu e se divertiu só confirmou isso.
Fico na bronca só por ele não ter me ajudado politicamente com a minha gafe, escrevendo o nome da - como é mesmo o nome dela?...
E não obstante outrossim de novo, essa postagem é pra ser ainda mais esquizofrênica, então vou mudar de assunto e quem sabe continuar no mesmo:
o fato é que eu tenho vários motivos pra execrar Décio Pignatari, e uma quantidade igualmente variada e forte pra experimentar a sensação contrária:
dessa forma, reencarno o ladrão de postagens e ponho abaixo um poema de Heine que Décio traduziu: esse poema faz parte dos dois grupos de motivos, mas isso eu não vou explicar agora, que chega de ficar me explicando...
Canção
Quando mergulho os olhos nos teus olhos,
___Vão-se o pesar e a dor;
E quando colo a boca em tua boca,
___Revivo em novo ardor.
No corpo em corpo, é como se do alto
___Me invadisse o teu charme;
Mas quando dizes, baixo: Eu te amo!,
___Amargo é o meu chorar-me.
E então eu ia responder em comentário os comentários da postagem anterior, e não obstante outrossim frustro essa intenção e respondo aqui mesmo: até onde eu sei o Lepre não tem um blog, infelizmente não é possível perturbá-lo por esse meio, ainda...
Lepre que por sinal enigmou o meu sorriso: talvez eu deva confessar que segredei no ouvido da Ieda (feliz proprietária do Wonka), diante das travessuras poéticas de Lepre e sua trupe: “sou velho demais pra tanto vanguardismo”... Ao que ela decidida e veementemente ripostou: “Não, você não é”.
Enfim, tudo no espírito da bagunça: a força performática e poética do Lepre é inconteste... Quem sorriu, riu e se divertiu só confirmou isso.
Fico na bronca só por ele não ter me ajudado politicamente com a minha gafe, escrevendo o nome da - como é mesmo o nome dela?...
E não obstante outrossim de novo, essa postagem é pra ser ainda mais esquizofrênica, então vou mudar de assunto e quem sabe continuar no mesmo:
o fato é que eu tenho vários motivos pra execrar Décio Pignatari, e uma quantidade igualmente variada e forte pra experimentar a sensação contrária:
dessa forma, reencarno o ladrão de postagens e ponho abaixo um poema de Heine que Décio traduziu: esse poema faz parte dos dois grupos de motivos, mas isso eu não vou explicar agora, que chega de ficar me explicando...
Canção
Quando mergulho os olhos nos teus olhos,
___Vão-se o pesar e a dor;
E quando colo a boca em tua boca,
___Revivo em novo ardor.
No corpo em corpo, é como se do alto
___Me invadisse o teu charme;
Mas quando dizes, baixo: Eu te amo!,
___Amargo é o meu chorar-me.
quarta-feira, julho 19, 2006
Apenas pra deixar registrado eternamente
eu ando confuso mesmo e até troquei o nome de Dorothy Parker pelo da Elizabeth Bishop na postagem anterior - mas quem a não ser eu ia notar isso, ou melhor: notar e apontar o tropeço?
Mas chega de ego um pouco: eu quero dedicar essa postagem ao Luiz Felipe Leprevost -
depois do espetáculo poético de ontem, ainda no Wonka Bar, ele se queixou do meu "risinho" durante a pungente função, que eu achei um troço muito muito - gostei muito mesmo, Leprechaun!
Momentos altos: o canto e percussão da Melina, a declamação da (putz, não lembro o nome), enfim, dela mesma, que o Leprechaun depois reclamou também que ninguém estava entendendo (eu estava, Leprechaun - pode acreditar que eu estava sorvendo mesmo os poemas...), e, claro, as performances poéticas do Lepre - especialmente no momento Butô e amassando papel.
Não é desculpa razoável, mas se eu estivesse menos curitibano e mais dionisíaco, teria feito um papel mais digno na assistência, cabriolando e tocando flauta pânica...
Então, tá, né...
Mas chega de ego um pouco: eu quero dedicar essa postagem ao Luiz Felipe Leprevost -
depois do espetáculo poético de ontem, ainda no Wonka Bar, ele se queixou do meu "risinho" durante a pungente função, que eu achei um troço muito muito - gostei muito mesmo, Leprechaun!
Momentos altos: o canto e percussão da Melina, a declamação da (putz, não lembro o nome), enfim, dela mesma, que o Leprechaun depois reclamou também que ninguém estava entendendo (eu estava, Leprechaun - pode acreditar que eu estava sorvendo mesmo os poemas...), e, claro, as performances poéticas do Lepre - especialmente no momento Butô e amassando papel.
Não é desculpa razoável, mas se eu estivesse menos curitibano e mais dionisíaco, teria feito um papel mais digno na assistência, cabriolando e tocando flauta pânica...
Então, tá, né...
segunda-feira, julho 17, 2006
A essência da sátira no meio da bagunça
E ela postou um passarinho morto.
Eu pensei até em Catulo, e no poema que penso que foi a Elizabeth Bishop que fez tirando sarro do poema de Catulo, escrevendo como se fosse Safo e satirizando o poema do passarinho morto do Catulo.
Enfim, a maior bagunça:
ela postou a foto da Nicole Kidman no papel de Virginia Woolf.
Ela postou a foto da Nicole Kidman com nariz postiço no papel de Virginia Woolf olhando a flor e o passarinho morto...
Tá, enfim, eu ia falar da bagunça da minha vida, não do nariz da Virginia-Nicole e ela postou a foto do gato que ganhou não sei de quem depois então o negócio era o poema que eu escrevi pra mim mesmo...
É: eu mesmo, pra mim mesmo. Tóin ne mim de mim pra mim que o egão aqui não é bolinho...
O troço é que a essência da sátira (aprendi com o Gregório) é um negócio pra lá de sadomasoquista em que o satirista é capaz de se autoflagelar pelo bem da poesia...
Deveria ser de uma maneira disfarçada pra dar graça, então eu devia ter postado os seguintes versos em comentário anônimo ao soneto em arra-erra..., só que não vou fazer isso:
aí vai direto que já está acabando o tempo:
Arrepende-te do que tua boca escarra,
O teu verso é feito máquina que emperra,
Tua musa esfarrapada e velha mirra.
Por que ainda fazes rimas com pachorra?
É que é assim que um burro tenta encher a burra...
Eu pensei até em Catulo, e no poema que penso que foi a Elizabeth Bishop que fez tirando sarro do poema de Catulo, escrevendo como se fosse Safo e satirizando o poema do passarinho morto do Catulo.
Enfim, a maior bagunça:
ela postou a foto da Nicole Kidman no papel de Virginia Woolf.
Ela postou a foto da Nicole Kidman com nariz postiço no papel de Virginia Woolf olhando a flor e o passarinho morto...
Tá, enfim, eu ia falar da bagunça da minha vida, não do nariz da Virginia-Nicole e ela postou a foto do gato que ganhou não sei de quem depois então o negócio era o poema que eu escrevi pra mim mesmo...
É: eu mesmo, pra mim mesmo. Tóin ne mim de mim pra mim que o egão aqui não é bolinho...
O troço é que a essência da sátira (aprendi com o Gregório) é um negócio pra lá de sadomasoquista em que o satirista é capaz de se autoflagelar pelo bem da poesia...
Deveria ser de uma maneira disfarçada pra dar graça, então eu devia ter postado os seguintes versos em comentário anônimo ao soneto em arra-erra..., só que não vou fazer isso:
aí vai direto que já está acabando o tempo:
Arrepende-te do que tua boca escarra,
O teu verso é feito máquina que emperra,
Tua musa esfarrapada e velha mirra.
Por que ainda fazes rimas com pachorra?
É que é assim que um burro tenta encher a burra...
sexta-feira, julho 14, 2006
Desatualizando recentissimamente
Não considerei lá grands coisa de comentar então que lástima que o "melhor jogador do mundo" do último final de semana encerrou sua carreira expulso, depois de fazer o que fazeu...
Aliás, como disse minha amada filha, não me fale do Zidane!
Então deixa eu voltar a 1869 e a algumas três postagens atrás e encher isso aqui com versinhos, que é disso que o meu povo e a minha pova amam... (erri uma concordância verbal na postagem anterior: nota zero pra mim outra vez...)...
Um Sobrescrito
Olha pra mim; meu nome é Podia-ter-sido;
Também me chamam Não-mais, Tarde, Em Despedida;
Coloco a concha do mar-morto a teu ouvido
Jogado aos pés beira-do-mar da tua Vida;
No teu olhar o espelho em que jaz refletido
Este que tinha a forma do Amor e da Vida,
E por meu verso agora é sombra intolerável,
Tela frágil cobrindo o mais impronunciável.
Nota o quanto estou estático! E se bater
Instantânea na alma a macia surpresinha
Da Paz Alada ninadora de suspiros -
Então tu me verás sorrir, e reverter
Tua Visão à (em teu seio) emboscada minha
Insone com frios olhos comemorativos.
Dante Gabriel Rossetti
versão surpresinha:
Ivan Justen Santana
Aliás, como disse minha amada filha, não me fale do Zidane!
Então deixa eu voltar a 1869 e a algumas três postagens atrás e encher isso aqui com versinhos, que é disso que o meu povo e a minha pova amam... (erri uma concordância verbal na postagem anterior: nota zero pra mim outra vez...)...
Um Sobrescrito
Olha pra mim; meu nome é Podia-ter-sido;
Também me chamam Não-mais, Tarde, Em Despedida;
Coloco a concha do mar-morto a teu ouvido
Jogado aos pés beira-do-mar da tua Vida;
No teu olhar o espelho em que jaz refletido
Este que tinha a forma do Amor e da Vida,
E por meu verso agora é sombra intolerável,
Tela frágil cobrindo o mais impronunciável.
Nota o quanto estou estático! E se bater
Instantânea na alma a macia surpresinha
Da Paz Alada ninadora de suspiros -
Então tu me verás sorrir, e reverter
Tua Visão à (em teu seio) emboscada minha
Insone com frios olhos comemorativos.
Dante Gabriel Rossetti
versão surpresinha:
Ivan Justen Santana
domingo, julho 09, 2006
Como se eu fosse crítico de arte, cronista esportivo, poeta, lógico, louco e, acima de tudo, apaixonado e dedicado a amar... Puxa...
Então, eu ia dizendo: como se eu fosse mais Veríssimo que o próprio Veríssimo, e principalmente, mais verdadeiro e falso que qualquer pessoa capaz de produzir e atribuir um texto ao Veríssimo – coisa, de fato, que seu próprio nome já fundamental e perfeitamente contra-argumenta.
Escrever sobre a arte do futebol, assim, a princípio, já é muito duvidoso: arte? Futebol?
O que representam esses conceitos?
A noção de futebol, aparentemente simples, envolve as noções e os conceitos de:
esporte, jogo, tática, batalha, guerra, alegria, amor...
Enfim, um cronista esportivo não quer saber de conceitos ou muita filosofia...
Um cronista esportivo que se preze mesmo, quer fazer poesia em forma de prosa, seguindo a lição dos melhores: Mario Filho, Nelson Rodrigues, Armando Nogueira...
Vide o caso patético, e eu diria mais, peripatético, do nosso (paranaense) Carlos Alberto (aka Nêgo) Pessoa.
Mas sim, vamos voltar ao início do que eu queria dizer: este blog não apresentou virtualmente nenhuma menção ao futebol e à copa do mundo, a qual está prestes a terminar: porra, todo mundo só fala nisso e eu tentei fugir: assisti sozinho: não queria participar do delírio e da histeria coletiva, mas não dá pra não postar sobre.
Então, logicamente, entro de cabeça pra compensar a abulia (bom nome para um blog com postagens esparsas e dispersivas)...
Disseram na TV agora pouco que essa foi a copa dos zagueiros: puta merda: aí eu pensei o óbvio, o lógico, o simplesmente: perdemos de um a zero: era só ter economizado um gol contra o Japão e outro contra Gana, que Zidane e os alêlêblê tinha ido pra casa e nós teríamos encaçapado Portugal e faríamos com a Itália a final mais foda da história: e agora estaria todo mundo em polvorosa, pulando e babujando.
Mas o futebol, todos sabem, é uma caixinha de Pandora.
Então eu abri a caixinha, e descobri que hoje está frio e chovendo, e eu estava ali sozinho, diante do computador, sem internet, sem telefone, com a televisão de 29 polegadas dizendo: me assista, mas o coração apertado, inquieto, reclamando a presença daquela a quem farei votos de amar mais dedicada e compenetradamente na vida.
Que puxa...
Agora é a prorrogação.
Escrever sobre a arte do futebol, assim, a princípio, já é muito duvidoso: arte? Futebol?
O que representam esses conceitos?
A noção de futebol, aparentemente simples, envolve as noções e os conceitos de:
esporte, jogo, tática, batalha, guerra, alegria, amor...
Enfim, um cronista esportivo não quer saber de conceitos ou muita filosofia...
Um cronista esportivo que se preze mesmo, quer fazer poesia em forma de prosa, seguindo a lição dos melhores: Mario Filho, Nelson Rodrigues, Armando Nogueira...
Vide o caso patético, e eu diria mais, peripatético, do nosso (paranaense) Carlos Alberto (aka Nêgo) Pessoa.
Mas sim, vamos voltar ao início do que eu queria dizer: este blog não apresentou virtualmente nenhuma menção ao futebol e à copa do mundo, a qual está prestes a terminar: porra, todo mundo só fala nisso e eu tentei fugir: assisti sozinho: não queria participar do delírio e da histeria coletiva, mas não dá pra não postar sobre.
Então, logicamente, entro de cabeça pra compensar a abulia (bom nome para um blog com postagens esparsas e dispersivas)...
Disseram na TV agora pouco que essa foi a copa dos zagueiros: puta merda: aí eu pensei o óbvio, o lógico, o simplesmente: perdemos de um a zero: era só ter economizado um gol contra o Japão e outro contra Gana, que Zidane e os alêlêblê tinha ido pra casa e nós teríamos encaçapado Portugal e faríamos com a Itália a final mais foda da história: e agora estaria todo mundo em polvorosa, pulando e babujando.
Mas o futebol, todos sabem, é uma caixinha de Pandora.
Então eu abri a caixinha, e descobri que hoje está frio e chovendo, e eu estava ali sozinho, diante do computador, sem internet, sem telefone, com a televisão de 29 polegadas dizendo: me assista, mas o coração apertado, inquieto, reclamando a presença daquela a quem farei votos de amar mais dedicada e compenetradamente na vida.
Que puxa...
Agora é a prorrogação.
quinta-feira, julho 06, 2006
Vou enchouriçar mais um soneto...
Ocorre que eu ia pela rua e de repente me atacaram os espíritos de Gregório de Matos Guerra e Manuel Maria Barbosa du Bocage, e aí deu no que deu (em homenagem especial a você, Thadeu...):
Nesta vida já escutei Violeta Parra;
Sei também que bom cabrito é o que não berra,
Mesmo quando adoram métrica que erra
Ou se a rima assim me agarra e sai na marra...
Mas eu próprio me peço: não force a barra
Na volúpia veludosa que te encerra -
Pois por mais que suba ou desça a pé a serra
Fico sempre bem carente em qualquer farra...
Eu termino este soneto então por birra:
Rimo todas as vogais até que morra
E que enfim chorem por mim um hip, hip, hurra!
Não me tragam no velório incenso e mirra,
Nem se espantem da loucura dessa porra
Já que eu nunca cultivei surra nem curra.
Nesta vida já escutei Violeta Parra;
Sei também que bom cabrito é o que não berra,
Mesmo quando adoram métrica que erra
Ou se a rima assim me agarra e sai na marra...
Mas eu próprio me peço: não force a barra
Na volúpia veludosa que te encerra -
Pois por mais que suba ou desça a pé a serra
Fico sempre bem carente em qualquer farra...
Eu termino este soneto então por birra:
Rimo todas as vogais até que morra
E que enfim chorem por mim um hip, hip, hurra!
Não me tragam no velório incenso e mirra,
Nem se espantem da loucura dessa porra
Já que eu nunca cultivei surra nem curra.
terça-feira, julho 04, 2006
clica no isso que eu tive que mudar esse título pois era o link mas esgarçou as colunas...
Isso é um trabalho para o seu super-quase-tradutor-gênio favorito...
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