o azar, depois de muito tempo perdido
entre fichas e baralhos de um cassino
resolveu casar e ganhar um filho
com a sorte, de quem hoje é legítimo marido
para a sorte foi um casamento magnífico
pois cansara de ser uma principiante
com ela, azar seria um homem muito rico
desde que não possuísse nenhuma amante
mas surgiu na história uma tal de probabilidade
e a sorte logo percebeu os jogos de azar
isso reacendeu a velha rivalidade
e, pela sua regra, ela teria que pagar
“azar, vamos colocar as cartas na mesa”
disse, com a garantia de que iria ganhar
“sorte, pela probabilidade, vou perder, com certeza,
mas é nela que eu vou apostar”
(Marcos Prado – o livro dos contrários – 1996)
terça-feira, novembro 23, 2004
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Um comentário:
Que legal o poema. Não conhecia.;0)
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