quinta-feira, novembro 18, 2004

Minha alma canta

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Desafinada, mas canta.

O Rio de Janeiro é psicodélico por natureza.

Vim num ônibus convencional lotado: quarenta e tantas pessoas compõem uma mostra significativa da humanidade inteira: crianças que choram de madrugada, o tradicional chato de galocha que não pára de falar com o passageiro ao lado e tenta vender alguma coisa, mães com filhos no colo, freiras, idosos, casais, enfim, a renca toda.

Chegando perto da rodoviária, passamos ao lado do Galeão: olhei desprevenido pela janela e um avião a menos de cem metros fazia a aterrissagem. Do outro lado, ao longe, o cristo redentor: seria ele mesmo ou uma antena como as outras, nos outros morros? Sei lá.

Ainda não fui pra praia. O clima está fechado. Volto no sábado. Comprei o jornal do brasil. Estou matando as saudades da minha filha, que fez quatro anos: os vizinhos organizaram uma festa bacana: dúzias de crianças, música em alto volume, dança e comilança. Meu mal jeito paranaense levou um drible carioca: já estou internalizando o sotaque: fala mole e dengosa: eu mesmo teria arrepios, se fosse há um tempo atrás.

Hoje São Gonçalo e Niterói. Amanhã, Copacabana, quem sabe. Depois de amanhã é o fim de semana. Sabe lá. O futuro é delírio.

Um comentário:

Ratapulgo disse...

E o pior:
Um Delírio Alheio!

bom proveito!