(imaginar a cabeça de São João servida numa bandeja, cantando)
O sol que um sobressalto
Apruma para o alto
Em breve redescende
Incandescente
Por um momento a treva
Das vértebras se eleva
Em uníssono passo
Por todo o espaço
Para que esta cabeça
Solitária apareça
No vôo singular
Da foice no ar
Em completa ruptura
Mais repele ou fratura
A desavença antiga
Que ao corpo a liga
Bêbada de jejum
Que persegue nalgum
Salto louco a vogar
Seu puro olhar
Lá no alto onde os cumes
Eternos têm ciúmes
De que possais vencê-los
Todos ó gelos
Mas levada ao abismo
Pelo mesmo batismo
Que elegeu minha sina
Grata se inclina.
(1913)
(quem souber o autor ponha o dedo aqui)
Tradução de Augusto de Campos (1987)
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Um comentário:
ei, traduz a primeira parte do mallarmé !!!
encara essa, ivan.
beso
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