(qualquer dúvida sobre o título e a quem este poema é dedicado, reportar-se à lista de blogues aqui ao lado para maiores referências imediatas...)
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Sim, eu também já fui daqueles chatos de galocha
pra quem nenhum verso, nenhuma frase prestava.
E agora, por não querer ser mais um crica broxa,
talvez eu sofra, ao inverso, de complacência brava.
Enfim: minha visão crítica (seja rígida, seja frouxa)
não melhora nem piora as artes da palavra,
e estes dísticos aqui, com essas rimas de trouxa,
contam pouco ou nada à poesia que hoje se grava.
Mas quero e vou celebrar assim, nas coxas,
as tantas maravilhas lidas por mim, sem trava.
Por mais que pegue e largue métrica (era nenhuma),
rimas (névoas-nadas de vaidades, truques e firulas)
– e ainda que achem que só aumento o cordão
dos puxa-sacos – destaco que a poesia está à solta:
sim, assim como as bruxas, a violência e o horror,
tem cada vez mais poetas, cada vez mais arte ao redor,
cada vez mais merda e lixo, sim, mas cada vez mais
são mais motivações e mais razões e mais canções
pra criar mais alegria: multiplicar o prazer
e assassinar a dor.
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2 comentários:
Lindo, lindo! Ivã, mais do que puxa-saco, sou sua fã... fiquei um tempo fora da blogsfera mas estou voltando aos poucos pra botar as leituras e comments em dia. Já mandei enquadrar a gravura que a Giana me deu!!!! Vai ficar bem lindo um Pão de Açucar na minha copa!
Bjos
Dale, dale, seu Justen.
Bacaníssimo.
Tô naufragando em deadlines, mas depois volto com calma, sorver va-ga-ro-sa-men-te suas palavras tinto-seco-deslizantes, santé.
Batcho
San
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